Teve de tudo na festa de fim de temporada do Flamengo, neste domingo (13/11), no Rio de Janeiro. Teve a natural euforia dos jogadores, contagiados por uma massa de torcedores felizes com as duas importantes conquistas da Libertadores e da Copa do Brasil.

Para variar, teve briga entre torcedores e policiais, inclusive com muitos feridos. E não faltaram também as provocações do cartola Marcos Braz para cima do Real Madrid:

“Pode esperar, a tua hora vai chegar!”, puxou o coro mais uma vez.

É dia de festa das conquistas do Flamengo no Rio mas a cabeça da Nação já ta no mundial de clubes! 👀 O Real Madrid tá avisado! 😅 pic.twitter.com/kXZuR5TP7P

— TNT Sports BR (@TNTSportsBR) November 13, 2022

Ele já havia soltado essa trollagem no mesmo dia do jogo final da Libertadores, no Equador, ainda no vestiário. É que existe a possibilidade de o Flamengo enfrentar o Real Madrid numa possível final do Mundial de Clubes.

Dias atrás, o meia chileno Vidal também bateu boca publicamente com o ex-lateral Roberto Carlos pelo mesmo motivo.

Isso faz parte do jogo? Sim, faz parte. Mas é melhor ir com calma, porque é cada vez mais desproporcional a distância entre os grandes clubes europeus e sul-americanos.

Quer um exemplo? O Flamengo, com pouco mais de R$ 1 bilhão de faturamento este ano, é o clube mais afortunado do Brasil e do continente. Mas o Real Madrid fatura quase seis vezes mais.

O time espanhol tem um dos maiores orçamentos do mundo, com 1 bilhão de euros anuais (R$ 5,5 bilhões) em receita operacional.

E se quiser, pode pesquisar aí no Google: na Europa, nenhum clube, por mais gigante que seja, ousa abrir a boca para soltar gracinhas com o Real Madrid, ganhador de 14 Champions League.

Mire-se no exemplo do Santos

E, como já foi dito aqui, é bom lembrar o que houve com o Santos (de Ganso e Neymar), que – após conquistar a Libertadores de 2011 – mandou um recado parecido para o Barcelona, então campeão da Europa:

“No Japão, a gente se encontra lá. Vamos pegar o Barcelona lá, vamos ver se é tudo isso”, desafiou.

Na hora que Santos e Barça se encontraram, na final do Mundial de 2011, o jogo entrou para a história como uma aula de futebol dos comandados de Pep Guardiola, sob o comando de Lionel Messi.

O placar de 4 x 0 foi o reflexo dessa “aula”, como definiu à época o próprio Neymar. O jovem craque santista mal conseguiu tocar na bola diante do domínio adversário. “O que vivemos nesse jogo vamos tomar como lição”, admitiu Neymar.

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