Advogados de Cuca vão para o tudo ou nada para tentar “descondená-lo”
Se conseguir convencer a Justiça da Suíça de que é inocente, o técnico assumirá o comando do Athletico-PR
atualizado
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O Athletico do Paraná quer contratar o técnico Cuca para substituir Paulo Turra, demitido na semana passada. Mas Cuca, como todos sabem, está no “olho do furacão” de um escândalo de abuso sexual que ocorreu 36 anos atrás, quando ainda era jogador do Grêmio.
Esse escândalo voltou a atormentar a vida de Cuca quando ele, em abril deste ano, assumiu o comando do Corinthians. A pressão foi tão grande que ele acabou pedindo para sair, depois de sete dias de trabalho no Timão.
Mas agora os seus advogados pretendem pedir a anulação do processo de crime sexual, que ocorreu em 1987, no qual confirmou-se a presença de sêmen em uma jovem de 13 anos.
A expectativa do treinador é anular a condenação e voltar a trabalhar normalmente. Alias, essa é a condição imposta pela diretoria do Athletico para contratá-lo.
Versões & versões
Parece simples, não é. Recorde-se que – entre o episódio na Suíça, em 1987, e a sua rápida passagem pelo Corinthians em 2023 – Cuca mudou algumas vezes de versão sobre o crime.
Quando o caso estourou, jornais de Porto Alegre noticiaram na época essa declaração de Cuca:
“Estou de braços abertos para qualquer decisão. Temos que pagar, todos os envolvidos. Não adianta separar menor ou maior participação”.
Mais recentemente, no entanto, sua versão mudou totalmente e ele fala como se estivesse com algum tipo de amnésia:
“Tenho vaga lembrança de tudo o que aconteceu porque foi há muito tempo. Nessa vaga lembrança que tenho, eu tinha 20 e poucos anos na época. Nós iríamos jogar uma partida, subiu uma menina ao quarto, o quarto era o que eu estava junto com outros jogadores. Era um quarto duplo. Essa foi a minha participação nesse caso. Eu sou totalmente inocente, eu não fiz nada”, disse Cuca em determinado momento.
Agora ele vai para o tudo ou nada. Os seus advogados precisam simplesmente convencer a Justiça da Suíça a “descondená-lo”.
Repetimos: parece simples, mas não é.
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