A depressão do Palmeiras e a euforia do Flamengo
A sete dias da grande decisão da Libertadores, “puede marcar la diferencia para quienes llegan de buen humor a Montevideo”
atualizado
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Na semana da grande decisão da Copa Libertadores da América, o maior sintoma da depressão que tomou conta do Palmeiras não é o retrospecto de duas derrotas seguidas no Brasileirão (0 x 1 Fortaleza e 0 x 2 São Paulo). Isso ficou claro após a calorosa discussão entre o goleiro Weverton e o zagueiro Gustavo Gomez, neste sábado (20/11), no Estádio Castelão.
O bate-boca foi pesado. Qualquer que tenha sido o motivo, parece óbvio que o clima não está bom no Palmeiras. Jogadores podem discutir e reclamar uns dos outros dentro de campo. É normal. Mas quando partem para a ignorância, mostra que existem mágoas represadas no vestiário, ou então está faltando comando.
Das que eu me lembro, uma das mais clássicas brigas dentro de campo aconteceu em 2002, no jogo entre Fluminense e São Paulo. O baixinho Romário era jogador do Fluminense e, num momento de fúria, deu um bofetão no zagueiro Andrei, seu companheiro de equipe.
“Tive uma atitude indigna com o Andrei. Foi uma coisa escrota que eu fiz. Eu me envergonho. Já pedi desculpas, peço de novo e todas as vezes por aquele ato babaca que eu tive de dar um tapa na cara dele”, lembrou Romário, tempos depois, numa entrevista ao canal Fox Sports.
Enfim, o Palmeiras, que volta a jogar nesta terça-feira contra o líder Atlético-MG, tem que “juntar os cacos” e tentar melhorar o ambiente. É preciso chegar 100% focado e concentrado para disputar uma final de Libertadores.
Enquanto isso, o ambiente do Flamengo já esteve pior, mas melhorou um bocado. Quando houve aquele inesperado e inexplicável empate com o lanterna Chapecoense, dia 8/11, na 30ª rodada, faltou muito pouco para mandarem Renato Gaúcho embora. Mas aí veio uma sequência de quatro vitórias seguidas: Bahia, São Paulo, Corinthians e Inter.
Essa vitória de ontem sobre o Internacional foi reabilitadora. Recorde-se que os gaúchos fizeram uma festa no Maracanã, em agosto, goleando o Flamengo por 4 x 0. Havia uma espinha atravessada na garganta.
Agora, antes de viajar para Montevidéu, tem o Grêmio na terça-feira, e Renato Gaúcho não precisa ter pena do seu ex-clube, não. Até porque esse mesmo Grêmio também tirou onda e ganhou no Maracanã, lembra?
O Flamengo precisa manter o estilo “malvadão”, pelo menos até sábado. Depois pode dar férias pra todo mundo.
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