A Conmebol vai ignorar o pedido de anulação do jogo Atlético x Palmeiras?
Dez entre dez comentaristas esportivos (inclusive este locutor que vos fala) acreditam que não vai acontecer nada
atualizado
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A semana começa ainda com a inquietante pergunta: o que fará a Conmebol com o pedido de anulação do jogo entre Atlético e Palmeiras?
O Galo enviou um ofício à Conmebol no dia seguinte ao jogo, pedindo que a partida em que empatou por 1 a 1 com o Verdão fosse anulada. O clube anexou imagens da invasão do campo do atacante Deyverson antes da conclusão do lance que originou o gol de Dudu, empatando a partida e eliminando o time mineiro da competição sul-americana.
Dez entre dez comentaristas esportivos (inclusive este locutor que vos fala) acreditam que não vai acontecer nada. Entendemos, todos nós, que não faria o menor sentido anular a partida.
Mas é melhor esperar. É mais prudente não dar qualquer palpite, pelo menos por enquanto. Até porque, em se tratando de previsões e prognósticos, todo mundo errou ao apostar que a final da Libertadores seria entre Flamengo e Atlético.
Recorde-se dessa declaração do ex-jogador Walter Casagrande, que reflete bem qual era o pensamento quase unânime da mídia esportiva, uma semana atrás:
“Uma equipe que elimina Boca e River na sequência não é uma equipe qualquer. Em jogos classificatórios entre times com camisas de peso e grandes elencos, pode acontecer de tudo, mas o Atlético se coloca como favorito pelo rendimento que vem tendo durante toda a temporada”, sentenciou o comentarista da Globo.
Alguém já disse que, hipoteticamente, “o comentarista – seja qual for o seu ramo de atividade – é aquele sujeito que chega depois da guerra para contar os mortos e feridos”. Só diante de um cenário consolidado e irreversível será possível falar com alguma segurança. sobre os acontecimentos da vida.
Isso nos remete ao pensamento do ex-primeiro ministro do Reino Unido, Winston Churchill. Ele dizia: “A política é a habilidade de prever o que vai acontecer amanhã, na semana que vem, no mês que vem e no ano que vem. E ter a habilidade de explicar depois por que nada daquilo aconteceu”.
Sim, os comentaristas esportivos também vivem a fazer, cotidianamente, esse mesmo tipo de ‘contorcionismo’.