Por que os sul-americanos estão tremendo de medo do Brasil?
Como se não bastasse o show dos times brasileiros na Libertadores e na Sul-Americana, a Seleção feminina deu um “chocolate” na Argentina
atualizado
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A superioridade brasileira no futebol da América do Sul ficou mais que evidenciada após as definições das quartas de final da Libertadores e da Copa Sul-Americana. Serão nove brasileiros na soma das duas competições.
Para a próxima fase da Libertadores, classificaram-se Athletico-PR, Palmeiras, Atlético-MG, Flamengo e Corinthians; e para a Sul-Americana, Internacional, Atlético-GO, Ceará e São Paulo. São grandes as possibilidades de que tenhamos novamente duas finais envolvendo apenas equipes do nosso pais.
Recorde-se que, no ano passado, Athletico e Bragantino decidiram a Sul-Americana; enquanto Palmeiras e Flamengo brigaram pelo título da Libertadores.
Por conta disso, a mídia de todo o continente tem reclamado de uma suposta falta de Fair Play no futebol sul-americano: “O Brasil está contratando tudo… deixem um pouco para os outros”, protestou o jornal Olé, após Arturo Vidal preferir o Flamengo, em vez do Boca Juniors.
Outro jornal argentino, o Clarin, há tempos já havia destacado as causas dessa supremacia brasileira, citando, numa longa reportagem, alguns números que considera importantes:
- Jogar no Brasil valoriza mais os jogadores;
- A TV paga muito mais aos clubes brasileiros;
- No Brasil, contratos são feitos em dólares;
- Na Argentina, a lei impede;
- A premiação da Copa do Brasil é quase igual à da Libertadores;
- Os clubes brasileiros, diz o jornal, podem jogar 80 partidas num ano, sem que ninguém proteste.
Fato é que, pela primeira vez na história da Libertadores, as quartas de final do torneio não terá nem Boca Juniors, nem River Plate. Um dos dois sempre esteve entre os oito classificados.
Também pela primeira vez não haverá um único representante argentino nas quartas da Copa Sul-Americana.
Por isso, numa mesa redonda na TV, um comentarista soltou esta: “Acabou aquela história de que a camisa pesa num torneio com a Libertadores. É dinheiro, meus senhores, dinheiro! Os brasileiros estão contratando tudo e eu não sei de onde vem esse dinheiro, porque a economia brasileira não está nada boa”.
Os colombianos ficaram abismados com a facilidade com que o Flamengo massacrou o Tolima por 7 x 1. “Não tem condições de competir com eles. A Conmebol precisa fazer alguma coisa porque as competições da América do Sul estão perdendo completamente o interesse”, disse um comentarista de TV (veja no vídeo)
Em Assunção, os comentaristas esportivos destacaram a superioridade do Palmeiras no mata-mata com o Cerro Porteño: “O Palmeiras faz o que quer, espera o momento certo para liquidar qualquer adversário da América do Sul. Nem se colocássemos a seleção do Paraguai para enfrenta-lo teríamos condições de ganhar”, desabafaram (veja o vídeo).
“Nem a Seleção Paraguaia consegue enfrentar o Palmeiras”.
Parece que há um bicho-papão no continente…
APRECIE pic.twitter.com/rzdDTVdnrs
— Túlio Pardalizado (@tulhinhuw) July 9, 2022
E houve quem chamasse a atenção também para o fato de, no futebol feminino, o campeão da última edição tenha sido o Corinthians.
Para aumentar o choro, ainda teve no fim de semana a estreia na Copa América feminina, e o Brasil goleou a Argentina por 4 x 0.
Em outubro do ano passado publicamos aqui o comentário do jornalista colombiano Andrés Osorio Guillott, do jornal El Espectador, que classificou o Brasil como “O monarca do futebol sul-americano”.
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