Viih Tube: médico explica motivos que levaram à cesárea após 19 horas
O ginecologista e obstetra César Patez conversou com a coluna Fábia Oliveira e falou sobre a situação vivida pela influenciadora
atualizado
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O nascimento de Ravi, segundo filho de Viih Tube e Eliezer, trouxe à tona uma discussão sobre o parto normal e os desafios enfrentados pelas mães durante o processo. Após 19 horas, a influenciadora, que havia se preparado para um parto normal, passou por uma cesárea de emergência.
O relato de Eliezer, ao definir o parto como “bonito e difícil”, chamou a atenção para as realidades de um momento que envolve grandes expectativas, mas também riscos e desafios.
O ginecologista e obstetra César Patez conversou com a coluna Fábia Oliveira e contou que é comum que muitas mulheres, mesmo bem-preparadas, não consigam concluir o parto normal por diferentes razões médicas e fisiológicas.
“Cada parto é único, e o corpo da mulher reage de formas diferentes dependendo de fatores como posição do bebê, dilatação e condições da mãe. Em alguns casos, mesmo após horas de trabalho de parto, o corpo da mulher não atinge a dilatação necessária, ou o bebê não encaixa corretamente, tornando a cesárea necessária para garantir a saúde de ambos”, explicou o especialista.
Patez detalhou, ainda, que “é possível que tenha havido uma falha de progressão da dilatação do colo uterino associada a alguma distocia, ou seja, desproporção cefálica pélvica. Isso pode aumentar o tempo de sangramento e causar desaceleração cardíaca no bebê, gerando risco tanto para o feto quanto para a mãe”.
O caso de Viih Tube ilustra um dilema vivido por diversas mulheres que desejam um parto normal, mas acabam optando ou precisando recorrer à cesárea. Segundo Dr. Patez, a cesárea pode ser uma medida de segurança vital, ainda que muitas mães sintam certo desapontamento por não terem conseguido realizar o parto da maneira inicialmente planejada.
“O importante é que a mulher esteja informada e que a equipe médica esteja atenta às mudanças no quadro”, completou ele.
O especialista ressaltou também que, embora a cesárea muitas vezes seja vista como o “último recurso”, ela pode evitar complicações graves. O uso dela é uma decisão ponderada que busca sempre a segurança da mãe e do bebê.