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Paris 2024

Treinadora de ginasta húngara é detonada por suposto gesto nazista

Noémi Gelle está sendo detonada nas redes sociais após ser acusada de reproduzir o “apito de cachorro”, do poder supremacista branco

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Foto colorida de Noémi Gelle fazendo o gesto - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de Noémi Gelle fazendo o gesto - Metrópoles - Foto: Reprodução

Os Jogos Olímpicos de Paris estão rendendo muitos problemas e repercussões negativas na imprensa e nas redes sociais. Após críticas à comida, às condições das acomodações dos atletas e da poluição do rio Sena, a treta da vez envolve Noémi Gelle, treinadora da ginasta húngara, Fanni Pigniczki.

Acontece, queridos leitores, que a técnica estava ao lado de sua competidora, nesta quinta-feira (8/8), quando fez um gesto, supostamente, nazista para a câmera. O símbolo é feito com três dedos para cima, conectando as pontas do polegar e do indicador, para formar as letras W e P [white power, que significa poder branco em português].

De acordo com os internautas, o símbolo também é chamado “apito de cachorro”, ligado aos movimentos neonazistas e de supremacistas brancos. Na hora da ação, as duas estavam sentadas lado a lado aguardando a nota de Fanni Pigniczki após apresentação nas classificatórias do individual geral da ginástica ritmica.

No Twitter, usuários de vários países se manifestaram: “Algo muito sério aconteceu hoje: Noémi Gelle, treinadora da equipe húngara, faz um gesto de supremacia branca. Uma resposta ao pódio de mulheres negras + a treta da Romênia. Um absurdo e o COI tem que fazer o banimento imediato dessa racista!”, afirmou um. “O que vocês vão fazer quanto a Noémi Gelle fazer um gesto racista para a câmera? Nós não vamos esquecer. Queremos essa racista banida”, exigiu outro, em inglês. “Teria Noémi Gelle, técnica da ginasta rítmica húngara Fanni Pigniczki, repetido o gesto supremacista que levou ao descredenciamento de funcionário pelo COI há uma semana? 🤔”, questionou um terceiro. “Técnica de Fanni Pigniczki da Hungria mandou o símbolo de white power pra câmera!! Isso não vai ter punição não??”, quis saber mais um.

Até o fechamento desta matéria, o Comitê Olímpico Internacional (COI), a treinadora e a ginasta não haviam se manifestado sobre o caso.

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Significado do gesto nazista feito por Noémi Gelle, treinadora de ginasta húngara
Fanni Pigniczki e Noémi Gelle são clicadas durante uma das apresentações
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Noémi Gelle, treinadora de ginasta húngara é detonada por fazer gesto nazista

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Significado do gesto nazista feito por Noémi Gelle, treinadora de ginasta húngara

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Fanni Pigniczki e Noémi Gelle são clicadas durante uma das apresentações

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Foto: nadador dorme na rua

Não é de hoje que alguns atletas reclamam das condições das instalações da Vila Olímpica de Paris. E o nadador italiano Thomas Ceccon acabou virando símbolo das queixas. O rapaz, que ganhou duas medalhas, viralizou ao ser flagrado dormindo ao ar livre para fugir dos incômodos do local oferecido aos competidores.

A imagem que circulou nas redes sociais nos últimos dias foi postada stories do remador saudita Husein Alireza. Apesar de não se saber a data exata do clique, a foto virou assunto nas redes sociais.

Em entrevistas recentes, Thomas Ceccon reclamou da falta de ar-condicionado e de conforto, do barulho e a escassez de comida: “Muitos atletas saem por este motivo: não é um álibi nem uma desculpa, é a realidade de algo que talvez nem todos saibam”, disse o nadador, segundo o The Telegraph.

Ao Daily Mail, o italiano contou que “é difícil dormir tanto à noite quanto à tarde” no alojamento dos atletas. E completou: “Normalmente, quando estou em casa, durmo sempre à tarde. Aqui, eu realmente luto entre o calor e o barulho”, apontou.

No Twitter, os internautas comentaram a situação do rapaz e brincaram: “Onde ele está dormindo para eu ir dormir com ele 💞🥺✨ e alugar um hotel de luxo se ele quiser”, questionou uma. “É realmente lamentável como o lugar para eles descansarem é um lixo. E isso acontece em todas as cidades olímpicas. Acho que cada país precisa cuidar melhor de suas equipes olímpicas e uma pessoa de cada país estar lá não fazendo nada além de garantir que suas necessidades sejam atendidas, inspecionando as camas e a comida. Façam melhor”, aconselhou outro. “Pensava que os atletas eram bem acomodados…. Triste realidade e falta de respeito com que se dedicou muito para estar representando seu país!”, lamentou um terceiro.

Vale lembrar que é verão no Hemisfério Norte e Paris vem sendo afetada por uma onda de calor que chega a 40°C.

Ceccon, de 23 anos, conquistou o ouro nos 100m costas e o bronze no revezamento 4x100m livre em Paris.

Calorão e polêmica

A decisão do Comitê Organizador das Olimpíadas de Paris por não incluir ar-condicionado permanente nos quartos da Vila Olímpica deu o que falar nas últimas semanas. Devido à ausência do aparelho, alguns comitês optaram por alugar equipamentos portáteis para a acomodação dos atletas em meio ao calor do verão francês.

Em coletiva de imprensa, no fim do mês passado, a diretora de sustentabilidade dos Jogos de Paris, Georgina Grenon, explicou as razões por trás da decisão de não incluir climatizadores permanentes nos quartos.

“A vizinhança da Vila Olímpica foi concebida para ajudar a manter a temperatura mais baixa dentro dos prédios, em níveis que são aceitáveis para pessoas normais”, afirmou Georgina.

A temperatura mencionada pela diretora de sustentabilidade equivale a 26 graus celsius, o que ainda pode representar um clima incômodo para atletas que não estão acostumados com o calor.

“Nós podemos entender que os principais atletas do mundo possam exigir um maior conforto, e por isso nós avalizamos a possibilidade de alugar temporariamente aparelhos de ar-condicionado. Essa foi uma decisão que alguns comitês nacionais tomaram”, completou a diretora de sustentabilidade.

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