Vídeo: repórter transmite tiroteio ao vivo e TV Globo é detonada
Raulim Magalhães conversava com a apresentadora do JAM2, da Rede Amazônica, afiliada da emissora dos Marinho quando foi interrompido
atualizado
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A Rede Amazônica, afiliada da TV Globo, virou assunto nas redes sociais e foi detonada pelos internautas, na noite de quinta-feira (22/8), após colocar um repórter ao vivo no ar para falar de um confronto pelas ruas do centro de Humaitá, no Amazonas.
Nas imagens, o jornalista Raulim Magalhães apareceu falando sobre um tiroteio, sem usar colete à prova de balas — como se costuma ver nas reportagens. Em meio à transmissão, os tiros, fogos e bombas se intensificaram.
“Neste momento, há um conflito entre a Polícia Militar e os garimpeiros. Está desde as 14h da tarde de hoje, aqui no município, os garimpeiros reagindo com rojão e a Polícia Militar também enfrentando”, começou ele.
Em seguida, o repórter contou o motivo da troca de tiros: “Isso em represália a uma operação da Polícia Federal em apoio da Funai aqui na região. A situação aqui está complicada… Os garimpeiros estão vindo contra a polícia. Está muito complicado a gente continuar aqui e a qualquer momento ser atingido”, afirmou.
Antes mesmo de concluir o relato, Raulim Magalhães foi interrompido pela apresentadora: “É o seguinte: a gente precisa sempre prezar pela segurança da nossa equipe em primeiro lugar. É importante noticiar para você, claro, sem dúvida. Mas é preciso que a nossa equipe esteja em segurança para continuar trazendo essas informações”, explicou ela.
No Twitter, os internautas detonaram a demora da emissora a tirar o rapaz do local: “Gente, como assim ‘prezar pela segurança’? 1min20 depois? Tenha santa paciência. Depois de milhares de rajadas, quando não tinha mais graça, a apresentadora interrompe. Eu heim!”, detonou um. “Meu Deus! Muito sem noção… Ou é idiota mesmo (no sentido real do adjetivo). Qual é a primeira ‘regra do tiroteio’? Se jogar no chão!”, aconselhou outro. “Que tenso! E olhe que dessa vez, por milagre, não é no Rio!”, escreveu um terceiro. “Olha a barbaria em que ponto chegou… Garimpeiros se achando no direito e confrontando a polícia”, comentou mais um.
Jornalista atingido por garrafa
E mais um perrengue vivido pelos repórteres de rua viralizou nas redes sociais, no mês passado. O protagonista da vez foi o jornalista Marcos Guimarães, da Record, que foi atingido por uma garrafa enquanto fazia a cobertura ao vivo de uma ação da polícia em uma cracolândia de São Paulo, para o Cidade Alerta.
O rapaz estava contando para o apresentador Dionisio Freitas detalhes da operação quando foi atingido pelo item: “Olha só, acabaram de jogar uma garrafa aqui na gente. Fui acertado com uma garrafa aqui neste momento, porque o clima está ficando tenso”, relatou.
Em seguida, Marcos Guimarães disse que os ânimos tinham se acalmado, mas voltaram a se inflamar assim que o link entrou ao vivo na emissora: “A gente entrou ao vivo com você agora e tinha acalmado. Simplesmente jogaram uma garrafa que acertou minha cabeça aqui. Alguns [usuários de drogas] ficam muito agitados e tentam realmente agredir, não apenas as nossas equipes, mas os policiais militares”, detalhou.
Mais tarde, o repórter brincou com a situação em seu Instagram: “É só tiro, porrada e garrafada. Mas a gente gosta do que faz!”, garantiu ele.
Nos comentários, os seguidores do repórter se divertiram com a situação: “Jáa dá pra fazer um blog ‘As aventuras de Marcos’. Tô rindo, mas com todo respeito 🤭😅”, disse um. “Ficou mais famoso por causa de uma garrafa 😂😂”, brincou outro. “Vim aqui pelo repórter gato que levou uma garrafada na cabeça kkkk”, escreveu uma terceira. “Ainda bem que não foi uma garrafa de vidro”, analisou mais um.
Mordida de cachorro durante reportagem
Repórteres de rua estão sempre protagonizando episódios inusitados e, algumas vezes, até perigosos. E foi o que aconteceu com o jornalista argentino Gonzalo Sorbo, da América TV. Ele estava fazendo uma matéria sobre o cachorro Bruno, que morava nas ruas e era considerado “assassino” pelos vizinhos, quando levou um baita susto.
Ele estava ao vivo, pedindo que alguém levasse o animal para casa, quando foi mordido: “Bruno está assim agora, precisa que alguém o adote. Vou contar a história para vocês: os vizinhos salvaram a vida dele, alguns dizem que ele é um assassino. Olhe como Bruno está agora…”, começou o repórter.
Foi nesse momento que o cão tascou duas mordidas seguidas nele e saiu andando: “Ah, não, meu amor. Não faça isso”, pediu Gonzalo Sorbo. Apesar do medo, o rapaz não ficou ferido gravemente.
Bruno foi levado a um centro de zoonoses e tem até uma campanha para ser adotado. Ele vai ficar na instituição em observação por 10 dias.
No Instagram, o jornalista pediu: “🚨 Brincadeiras à parte, Bruno precisa ser adotado para não ficar mais na rua e ninguém querer matá-lo”.
Nos comentários, os fãs se divertiram com a situação: “O cachorrinho: estou estressado chefe 😂”, brincou uma. “Coitado, ele deve estar na defensiva 😢”, analisou outra. “Eu estava assistindo o programa e vi que ele te mordeu 😳😲. Eu já estava procurando sangue por todo lado!!😂😆. Estou feliz que nada aconteceu com você. Parabenizo você pelo seu trabalho diário na rua, cobrindo notícias de qualquer espécie. Parabéns 👏👏”, elogiou um terceiro.
Repórter da TV Globo roubada ao vivo
Vida de repórter de rua não é fácil. Em outubro do ano passado, a jornalista Beatriz Backes teve o celular, usando para fazer uma transmissão ao vivo para o Bom Dia São Paulo, da TV Globo, roubado ao vivo. A profissional estava conversando com Rodrigo Bocardi e Sabina Simonato no momento do crime.
A matéria apresentada por Beatriz falava sobre o transporte público da capital paulista e ela mostrava um ônibus, na Estação da Luz, na hora em que o aparelho foi levado: “A gente vê que o ônibus está bastante vazio, daria pra fazer uma viagem um pouquinho mais…”, comentou ela, mas a transmissão foi interrompida pelo roubo.
Na gravação, ainda é possível ver que ela fala um “não”. O âncora do telejornal reagiu: “Que isso? Caiu o telefone?”, questionou. E Sabina concordou: “Acho que caiu o telefone da Bia”. E Bocardi rebateu: “Imaginamos que seja só isso, né?”.
De acordo com o Notícias da TV, após o corte da matéria, a Polícia Militar foi acionada e Beatriz Backes foi orientada a registrar um Boletim de Ocorrência.
A jornalista é setorista de transporte no Bom Dia São Paulo. Ainda de acordo com o site, essas transmissões são feitas pelo próprio repórter, apenas com um celular e um microfone fornecidos pela emissora, sem o apoio de um cinegrafista.