Vídeo: Pérola Faria vai às lágrimas ao revelar doença autoimune
A atriz usou o Instagram, na quarta-feira (27/11), para falar sobre o problema de saúde e revelou o tempo que durará o tratamento
atualizado
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Pérola Faria foi às lágrimas, na quarta-feira (27/11), ao publicar um relato contando que foi diagnosticada com Hepatite Autoimune. No desabafo, a atriz contou como descobriu o problema de saúde e quanto tempo vai durar o tratamento, que se iniciou em julho.
“Em julho desse ano, eu recebi um diagnóstico por causa das minhas taxas altas no fígado, desde a gestação. Foi um momento muito difícil porque vivi a incerteza de ter algo sério pra vida toda, sem saber qual seria exatamente o resultado do tratamento”, começou.
Em seguida, ela contou que a doença já matou muitas pessoas: “E quanto mais eu me informava sobre essa condição, mais eu me assustava, por saber que é uma doença silenciosa, que já levou várias jovens a óbito por não ter tratamento adequado”, disse.
E seguiu relatando: “Antes de tudo, precisei investigar com muitos exames, inclusive tive que fazer biópsia. Foi bem chato, bem difícil, mas eu tinha um parceirão junto comigo [o marido, Mário Bregieira]”, declarou, antes de completar:
“Aproveitei pra fortalecer ainda mais a minha fé e iniciei meu tratamento com doses altas de corticoide pra diminuir a agressão que meu fígado estava sofrendo há 2 anos. EU não abracei o diagnóstico, eu segui realista, mas vivi minha vida, tentando não dramatizar o processo”, afirmou.
Logo depois, a atriz, que é mãe de Joaquim, de 2 anos, revelou quanto tempo precisará de acompanhamento: “Segui tendo reações, como espinhas, olhos vermelhos, inchaços, mas tratei de ficar mais bonita, me fazer bem e agradecer todos os dias por ter tido uma chance de tratamento, tratamento esse que ainda vai durar 4 anos. Então, eu preciso ser feliz nesse processo”, pontuou.
No fim do desabafo, ela aconselhou seu fãs: “Deus me deu a oportunidade de encontrar a solução e ir além ao lado das pessoas que eu amo. E meu lembrete hoje pra você é: não importa o problema que você carrega, não seja refém dele. Viva sua jornada com amor e compartilhe sua história. Você pode estar ajudando alguém”, encerrou.
Nos comentários, os seguidores enviaram mensagens de apoio: “Nem imagino o quão difícil foi e está sendo passar por isso! Admiro sua força e acho lindo você mostrar a realidade, mas sem desanimar! Já deu tudo certo no seu tratamento, tenho muita fé! Que Deus continue cuidando e te abençoando, te admiro muitooo, não se esqueça disso. Conta comigo sempreee e continue se cuidando ❤️🩹”, escreveu uma página de fãs. “Você é um exemplo de como alguém pode ser forte e gentil ao mesmo tempo! Que Deus te abençoe muito, querida”. elogiou outra. “Muito amor e muita saúde, bonita! Pra você e sua família, sempre 🙏🤍✨ Você inspira!!”, incentivou uma terceira.
Mulheres são maioria entre pacientes autoimunes
Um grupo de cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, acredita ter descoberto por que as mulheres são maioria entre os pacientes com doenças autoimunes como artrite reumatoide, lúpus, esclerodermia e esclerose múltipla. O motivo pode estar no cromossomo X.
“Como médico praticante, atendo muitos pacientes com lúpus e esclerodermia, porque essas doenças autoimunes se manifestam na pele. A grande maioria desses pacientes são mulheres”, contou o geneticista e especialista em dermatologia Howard Chang, em comunicado divulgado pela universidade após a publicação de artigo científico na revista Cell, no início de fevereiro.
O sistema imunológico tem como principal função nos proteger de infecções por vírus, fungos e bactérias. Para algumas pessoas, no entanto, ele tem uma resposta exacerbada, atacando os tecidos do próprio corpo.
As doenças autoimunes ocupam a terceira posição entre as mais prevalentes, atrás apenas do câncer e das doenças cardíacas. As mulheres são as mais afetadas: estima-se que quatro entre cinco pacientes com diagnósticos de doenças autoimunes nos Estados Unidos sejam mulheres.
O X da questão
Homens e mulheres carregam 22 pares idênticos de cromossomos e um, o 23º, diferente. Eles se diferenciam por apresentarem um cromossomo X e outro Y, fazendo com que certas características sejam completamente influenciadas pelo sexo.
Embora as mulheres tenham um X a mais, elas produzem aproximadamente o mesmo nível de proteínas especificadas pelo cromossomo X que os homens. Isso acontece porque um dos dois cromossomos é silenciado por uma molécula chamada Xist para evitar duplicações na expressão genética ligadas ao X.
Em um experimento com camundongos, os pesquisadores descobriram que a inativação do cromossomo X pelo gene Xist inserido em machos pode levar a doenças autoimunes. Isto permitiu examinar como o sistema imune responde ao Xist quando há apenas um cromossomo X.
Em geral, os machos desenvolvem autoimunidade semelhante ao lúpus em uma taxa muito menor do que as fêmeas. Mas quando o gene Xist inserido foi ativado, eles desenvolveram a doença a uma taxa de prevalência muito maior, semelhante a das fêmeas.
Os cientistas observaram que várias das proteínas que o Xist recruta para ajudar no silenciamento dos cromossomos são auto antigênicas. Nas doenças autoimunes, os auto antígenos são os que disparam o alarme do sistema imunológico, acionando-o para atacar o corpo que deveria defender.
Pesquisadores independentes dizem ser improvável que as moléculas sejam a única razão pela qual as mulheres têm maior probabilidade de sofrer com doenças autoimunes. Mas acreditam que a confirmação dos resultados pode contribuir com a criação de novos tratamentos específicos para essas moléculas.