Vídeo: Patrícia Poeta conta desdém de jornalista no início da carreira
A apresentadora revelou detalhes da sua história como jornalista e relembrou momentos de dificuldade que passou no começo da carreira
atualizado
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Nesta terça-feira (19/9), Patrícia Poeta esteve na segunda edição do Movimento Delas, evento que reuniu mulheres influentes em prol das empreendedoras das comunidades paulistas. A coluna obteve, com exclusividade, vídeos do momento da palestra da apresentadora, que relembrou momentos de dificuldade no início da carreira.
Um deles foi quando Poeta ouviu de uma outra colega jornalista da Globo, bem experiente, que ela seria apenas mais um rostinho na TV.
“Eu escutei de uma jornalista experiente, por meio de um colega em comum: ‘Falou que você é mais um rostinho na TV, vai durar pouco’. [Falei] ‘Um rostinho na TV? Eu vou mostrar o rostinho na TV, vamos dar sugestão, correr atrás’… E assim eu faço desde que eu comecei. E por que eu tô contando isso pra vocês? Em vários momentos da minha vida, uma coisa nunca morreu: o meu sonho, a minha vontade de conquistar as coisas. E eu acredito muito na força do desejo, de acreditar na gente”, disse Patrícia.
Em outro momento, a apresentadora do Encontro, que já passou pela apresentação do Fantástico e bancada do Jornal Nacional, revelou que gravou trechos de reportagens feitas por ela e decidiu bater nas portas da emissoras em São Paulo para tentar um emprego.
“Peguei uma fita e coloquei uns pedaços de reportagens que eu tinha feito no Sul e vim pra São Paulo. Olhei os endereços das emissoras e fui bater na porta de cada uma para oferecer a fita. Umas me receberam bem, outras devem ter me achado uma louca. Eu tinha 20 anos na época”, contou.
Patrícia Poeta também falou sobre quando fez seu primeiro teste para ser a “moça do tempo”. “Cheguei na Globo e falaram que estavam precisando de uma nova moça do tempo. Eu não tinha nem noção, mas fiz o teste. Eu cheguei e tinha uma tapadeira azul e disseram pra apontar pro mapa. Eu falei: ‘Que mapa, gente?’, não tinha nada. Foi uma experiência e tanto”, lembrou.
Diferente do que muitos pensam, a jornalista revelou que passou por muitas dificuldades ao chegar em São Paulo. O salário de contratada da emissora não dava para ela pagar aluguel e comida.
“Fiz o teste, fui embora achando que não deu em nada. Um mês depois me ligaram chamando pra ser a moça do tempo no Bom Dia, Brasil. Vim pra São Paulo sozinha, comecei a trabalhar na TV Globo e na reunião pra definir meu salário, e o valor não dava pra pagar o aluguel e a comida… A gente paga uma coisa, outra, faz um trabalho extra…”.
A jornalista ainda concluiu: “Mas esse profissional dos recursos humanos me falou uma coisa que eu nunca esqueci: ‘Isso que você está fazendo aqui é investimento’. E isso é realmente sério. Dá o teu máximo, se esforça, corre atrás, que as coisas vão melhorando pra você”.
Patrícia também contou que, na infância, morou em uma zona rural, onde o pai era funcionário público e a mãe dona de casa. E mesmo sendo de uma região que não tinha grandes perspectivas de se formar em faculdade e sair dali, a jornalista já tinha certeza da carreira que queria. A apresentadora contou que costumava repetir o que os âncoras do Fantástico faziam no programa.
Anos depois, com muito esforço, os pais pagaram a faculdade de Patrícia. Para ter prática na área, já que não havia muitas oportunidades de trabalho na região em que morava, Poeta topou trabalhar um ano de graça, para adquirir tal experiência como jornalista.
No evento Movimento Delas, Patrícia Poeta ainda foi elogiada pelas mulheres presentes no local.