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Vídeo: Ivan Moré fala sobre segurança após ser vítima de 3º assalto

Jornalista usou as redes sociais para contar o que aconteceu com ele e a namorada na cidade de São Paulo, no último domingo (23/4)

atualizado

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Instagram/Reprodução
Ivan Moré
1 de 1 Ivan Moré - Foto: Instagram/Reprodução

O susto e a sensação de impotência por ter sido atacado por homens armados pela terceira vez, na cidade de São Paulo, fez com que Ivan Moré usasse as redes sociais para desabafar sobre tudo o que passou e comentar sobre a segurança pública na capital paulista. Em seu Instagram, o jornalista relatou o assalto que sofreu ao lado da namorada, no último domingo (23/4), e fez alguns questionamentos para as autoridades.

“Faz dois dias que estou refletindo se posto ou não posto o conteúdo desse vídeo. E hoje eu cheguei a uma conclusão que não dá para fingir que não aconteceu. E pra que esse vídeo, o conteúdo dele, também sirva de alerta para as pessoas que vivem na cidade de São Paulo, na capital paulista. No domingo passado (23/4), eu fui assaltado pela terceira vez, à mão armada, na cidade de São Paulo, em menos de um ano”, começou ele.

Ivan, em seguida, contou detalhes do crime: “Fui fazer uma corrida de manhã no Parque do Povo. Moro no Brooklin e, na volta, eu estava com a minha namorada, nós passamos no supermercado que fica a duas quadras da minha casa, pegamos duas sacolas de comida básica, frios, frutas, e viemos para casa a pé. Na esquina de casa, fui abordado por dois motoqueiros com a arma em punho. Levaram todos os pertences, telefone celular. E aí, mais uma vez, fiquei assustado e, por muito pouco, não aconteceu o pior”, afirmou, antes de completar:

“Mas, aí, me questiono: é a terceira vez que acontece em São Paulo isso. Será que existe alguma coisa de errado comigo, mas será que não existe alguma coisa de errado com a segurança da cidade como um todo, não é um problema um pouco mais amplo?”, disparou.

Logo depois, o comunicador revelou os dois ataques anteriores: “Na primeira vez, em novembro de 2021, eu estava no bairro também, tirando meus filhos do carro, numa rua tranquila, num sábado à tarde. Me abordaram por trás. No ano passado, em outubro, no bairro da Saúde, eu descia na frente do prédio de um amigo, simplesmente para curtir um churrasco. Estava sozinho no carro e, quando saí, fui abordado por dois homens que colocaram a arma na minha cabeça. E, no domingo, mais uma vez, dois motoboys chegaram num assalto com arma e me levaram tudo”.

Ele revelou que vai parar de produzir seus conteúdos nas ruas de São Paulo: “O que eu fico muito chateado, muito triste, é que, além do risco que temos e essa sensação permanente de insegurança… Por exemplo, eu não saio mais na rua em São Paulo, em momento nenhum, a pé. Aqueles conteúdos que eu sempre fiz na rua, batendo um papo com catadores de papelão, com pessoas comuns, com motoboys, tentando humanizar as pessoas que vivem na capital paulista, vou deixar de fazer”.

E seguiu com as justificativas: “Por quê? Porque não dá mais. Eu tô, de fato, pensando em como eu vou lidar agora com essa situação de, o tempo inteiro, saber que existe uma ameaça, aonde quer que eu esteja e onde quer que eu vá na cidade de São Paulo. E você que mora num bairro bom ou num bairro considerado elitizado, saiba que hoje o crime tá pulverizado pela cidade inteira“.

Na sequência, ele fez um alerta para outros moradores da cidade: “E essas falsas bolhas que a gente vive, com uma falsa sensação de segurança. É só falsa mesmo, porque não tem segurança. O pior, quando acontece algo do tipo, é a sensação de impotência, de fragilidade, é a insegurança que você passa a sentir depois que algo assim se repete. Então, me questiono: será que a responsabilidade é minha? Eu estava caminhando, numa rua tranquila, num bairro bom, em São Paulo. Então não tenho responsabilidade”, declarou.

E reclamou: “Eu pago os meus impostos, eu ando dentro da lei, eu faço tudo o que tem que ser feito. E o pior disso tudo é que não noto que existe uma solução a médio e longo prazos. Investir em mais policiamento, em câmeras que garantam a segurança dos cidadãos é um dos passos. Mas o principal talvez seja o investimento em educação para que a gente gere oportunidade para quem faz esse tipo de coisa não precise fazer”.

Antes que fosse atacado, ele afirmou: “Não estou defendendo bandido, mas vivemos num país majoritariamente pobre (80% da população é pobre) e alguns, infelizmente, optam pelo caminho do crime. Eu fui vítima, em um ano e meio, pela terceira vez, com risco de perder a minha vida. Com meus filhos, com a namorada, uma vez eu estava sozinho. Isso tudo é muito triste”, avaliou, antes de encerrar:

“Então, é o questionamento que eu faço: até quando temos que ter tolerância para aguentar esse tipo de situação no país em que vivemos? Até quando as pessoas que são responsáveis por tomarem atitudes de fato para uma transformação, para um país um pouco mais justo, mais nobre, mais decente, vão de fato tomar as providências? Sigo muito triste, questionando como vou passar agora a mudar o padrão de segurança na minha vida”.

Seguidores de Ivan lotaram a postagem de mensagens: “Isso aqui não tem solução. A gente tem que tentar se proteger, infelizmente. Se cuida, brother. Menos mal que vocês tão bem…”, disse um. “F*da, irmão! Enquanto essas leis continuarem a soltar bandidos, a polícia continuará enxugando gelo! Deus te proteja!”, desejou outro. “Na capital está difícil pra todos, todos os dias alguém é assaltado na paulista, um cartão postal. E no centro histórico, então, uma decadência. Parece cena do The Walking Dead”, comparou um terceiro.

 

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metropoles.comFábia Oliveira

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