Valesca Popozuda revela ter sido vítima de abuso: “Era um terror”
Prestes a lançar um novo álbum, a cantora contou ter vivido o episódio de violência doméstica em uma de suas músicas
atualizado
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Prestes a lançar o álbum De Volta Para Gaiola: Amor De Verdade, Valesca Popozuda revelou que foi vítima de um relacionamento abusivo e expôs o episódio em uma de suas músicas. O projeto estará disponível nas plataformas digitais na próxima sexta-feira (5/7). “Era um terror na minha cabeça”, disse ao Gshow.
“Quando eu falo ‘só me dava porrada e partia para farra, eu ficava sozinha’, eu passei por isso. Era um terror na minha cabeça. Nem entendia direito, achava que era só porrada e não, tem a saúde mental. Você sendo a vítima, se coloca como culpada. Não, você não é a culpada”, frisou se referindo ao hit Agora Virei Puta.
Valesca, que ficou conhecida quando integrava a Gaiola das Popozudas, ainda contou como começou sua vida sexual, aos 16 anos: “Minha mãe não falava sobre isso comigo. Aos poucos, você vai se descobrindo, vai tentando conhecer o que é bom. Fui aprendendo com a rua, aos poucos, com amigas. Minha primeira vez foi com um cara que eu amava, mas eu pensava: será que vai sempre doer?”.
A cantora falou da solteirice, que completa seis anos. “Eu estou gostando tanto de viver isso, os meus momentos, fazer o que quero. Quando você está em um relacionamento, você tem que dar satisfação, né? E eu estou gostando de ir para uma festa para poder beijar quantos quiser, viver a minha vida”, ressaltou.
Popozuda prosseguiu destacando que muitos homens se sentem intimidados com ela: “Eles correm. Quando eles entendem que você é uma mulher que não vai deixar barato, que você não vai abaixar a sua cabeça, que é empoderada, que não depende de nada, que vive a sua vida, eles têm medo”.
A funkeira ainda comentou sobre a bissexualidade, assumida publicamente a cinco anos atrás. “Acho que minha próxima namorada vai ser mulher. O sexo é muito gostoso. Esses homens estão tão complicados, sabe? Porque eles sempre querem ser donos da razão. Com mulher, a troca, o carinho, a carícia é bem diferente do que a com o homem. E, tipo, para penetração, eu pego o meu consolo. Não preciso de nada”, garantiu.
Recentemente, Valesca Popozuda esteve na Parada LGBTQIAPN+ de São Paulo e aproveitou a ocasião para pontuar que é preciso ressignificar os pré-conceitos. “A gente está aqui para correr atrás das nossas lutas, para falar por respeito. A gente está nesse século que não dá mais para ter mimimi. Aqui não é só apenas para a gente celebrar, é muito mais do que o Dia das Mães, acho que é muito mais do que celebrar um Natal, do que celebrar um Ano Novo, sabe? Isso aqui é uma festa de respeito”, concluiu para a Caras Brasil.