“Um anjo de luz”, disse Daniel Mastral sobre “encontro” com o diabo
O ex-satanista foi encontrado morto nesse domingo (4/8), com um ferimento na cabeça, na Aldeia da Serra, em Barueri, São Paulo
atualizado
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Antes de morrer, Daniel Mastral deixou um relato sobre a primeira vez que esteve “frente a frente” com o diabo. O ex-satanista deu detalhes do “encontro” há um ano, durante entrevista para o podcast Inteligência LTDA., exibido no YouTube. “É como um anjo de luz”, disse.
“Ele não aparece com chifre, com calda. Ele tem que te agradar, é como um anjo de luz. Parece uma pessoa, mais alta do que o parâmetro normal, mas belo, com uma voz suave”, detalhou.
Logo, Rogério Vilela, que comanda a atração, quis saber: “Mas ele [o diabo] não é assustador?”. Mastral seguiu: “Não, ele tem uma voz grave, mas é acolhedora. No entanto, sempre observei o olhar, que não é tanto acolhedor. O olhar parece um túnel nego, que sugava. Era vazio, era oco, não tinha expressão de sentimento naquilo”.
Daniel continuou: “Ele me olhava e eu não sabia se gostava de mim ou não. Ele dizia que gostava, que me amava, que ia me proteger e o escambau, mas o olhar não enquadrou. Calmo, ele não saiu batendo na mesa, assustando todo mundo. O diabo é inteligente, é astuto. Ele se camufla”.
“Então é bem diferente dos filmes, esse negócio de enxofre?”, quis saber Vilela. “Sim, é muito estereotipado [nos filmes]. Ele tem que ser como um anjo de luz, pra cauterizar a sua mente e transformar a maldade em bondade. Ele mostra que vai prestigiar aquele grupo e causar um mal pra quem não é daquele grupo”, comentou Daniel Mastral.
Exorcismo e atentado contra um pastor evangélico
Daniel Mastral, famoso pelo livro Filho do Fogo, lançado em três volumes, revelou que teve a ajuda de um pastor evangélico para se reencontrar com Deus e largar a seita pagã. “Desmaiei”, disse para Bruno Di Simone, do canal Na real, exibido no YouTube.
“Na época [do exorcismo], eu namorava uma moça que era evangélica e eu fui visitar a igreja dela. Lá havia um grupo fazendo uma adoração genuína, verdadeira. Não era show, não era espetáculo. A adoração genuína me derrubou no chão, sabe? Eu perdi o controle, desmaiei. Eu perdi a minha consciência”, afirmou.
Daniel lembrou que estava prestes a ser promovido no satanismo, mas que se recusava a realizar a exigência para concluir a promoção, que seria um sacrifício humano: “Eu já tinha ouvido falar disso, mas eu nunca tinha visto. Eu nunca tinha presenciado, assim, ao vivo. Eu sou incapaz de matar um bicho, um animal, um passarinho. E eu ia ter que matar uma criança”.
Mastral frisou que se sentiu revoltado com a situação, mas que seus superiores garantiam que ele não estava preparado e que, para isso, precisaria concluir o sacrifício. Até então, o espiritualista considerou a opção do pastor em passar por algo parecido com um “exorcismo”.
“A minha namorada marcou um encontro com o pastor da igreja, porque ele queria falar comigo. Eu fiz um feitiço contra ele e fui até lá. Ele teve um problema e não foi. Marquei de novo, né? Ele teve outro problema também e não foi. Na terceira vez, eu falei com o senhor sacerdote pra me ajudar a fazer um feitiço mais robusto”, falou.
O teólogo continuou: continuou: “A minha namorada marcou um encontro com o pastor da igreja, porque ele queria falar comigo. Eu fiz um feitiço contra ele e fui até lá. Ele teve um problema e não foi. Marquei de novo, né? Ele teve outro problema também e não foi. Na terceira vez, eu falei com o senhor sacerdote pra me ajudar a fazer um feitiço mais robusto”.
O rapaz destacou que, na segunda vez, fez um feitiço pra matar o pastor e não funcionou. “O cara estava vivo. Bateu o carro, mas não sofreu um arranhão. Eu fiquei muito indignado com isso, né? E aí [os satanistas] fizeram um ritual pra acabar com ele. E aí eu fui ao encontro [do pastor] cheio de orgulho, soberba, pensando: ‘O cara não vai vir’. Esperei duas horas, quando tô indo embora, o cara chega. A sensação que eu tinha é que eu não podia tocar nele, que se eu tocasse nele, eu caía”.
E foi a partir daí que Daniel percebeu que o homem era de Deus: “Ele me chamou e falou: ‘Posso orar por você, rapidinho, uma oração? Coisa rápida’. Ele me levou no gabinete, fechou a porta e eu só lembro de uma mão vindo na minha direção. Ele orou por mim, eu caí e me debati. Foi tipo um exorcismo”
Assista ao relato completo de Daniel Mastral sobre o diabo: