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Suzane von Richthofen pode se tornar servidora pública? Entenda

Aos 41 anos, a estudante de direito, que cumpre pena em regime aberto pela morte dos próprios pais, prestou concurso para o TJSP

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Cumprindo pena em regime aberto pela pela morte dos próprios pais, Suzane von Richthofen — que agora assina Suzane Louise Magnani Muniz — pode se tornar servidora púbica do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

Segundo a coluna True Crime, do jornal O Globo, aos 41 anos, a estudante de direito prestou concurso, no último omingo (8/9), para o cargo de escrevente, com salário de R$ 6.043. Ela ainda não pode concorrer a uma vaga de ensino superior, pois ainda não concluiu a faculdade.

Ao todo, segundo a matéria, o concurso teve 1.335 inscritos para a vaga e apenas 35 candidatos conseguirão se classificar para a próxima etapa, que contará com uma prova prática.

Em nota enviada para a publicação, o TJSP afirmou que mesmo que Suzane von Richthofen seja aprovada, ela pode não assumir o cargo, pois terá de apresentar atestado de antecedentes criminais. Dependendo do crime cometido, o candidato pode ser desclassificado. Ainda assim, a estudante de direito poderia recorrer à Justiça para ser empossada.

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Suzane von Richthofen
Suzane von Richthofen foi condenada pela morte dos pais, Manfred e Marísia, em 2002
Capa do livro Suzane: Assassina e Manipuladora
Suzane tem livros baseados em sua história
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Suzane von Richthofen cumpre pena na Penitenciária Santa Maria Pelletier, em Tremembé

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Suzane von Richthofen cumpre pena na Penitenciária Santa Maria Pelletier, em Tremembé

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Suzane cometeu o assassinato há 17 anos

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Troca de nome altera ficha criminal?

Que Suzane von Richthofen, de 41 anos, mudou seu registro de nascimento e agora se chama Suzane Louise Magnani Muniz muita gente já sabe. Mas a dúvida que paira entre a maioria das pessoas é se essa atitude pode alterar a ficha criminal dela, que foi condenada pelo brutal assassinato dos pais e é amplamente conhecida pelo sobrenome das vítimas.

Segundo o advogado Rafael Gonçalves, qualquer outra pessoa registrada, após atingir a maioridade, pode requerer, independentemente de decisão judicial, a alteração de seu prenome, de forma imotivada. Para isso, basta comparecer no cartório de registro civil munida de certidões e documentos pessoais manifestando apenas o seu desejo.

Mas isso impacta no registro criminal de Suzane? O especialista explicou: “A alteração do prenome não altera o histórico criminoso ou ficha de antecedentes, que serão atualizados nos sistemas e facilmente consultados. Em resumo, a Suzane muda o prenome, mas não apaga a vida criminosa dela. Qualquer agenda pública que tiver acesso às pesquisas vai saber que trata-se da mesma pessoa”, garantiu.

Cumprindo pena em regime aberto, assim que resolveu alterar seu registro de nascimento, Suzane precisou informar o juiz da execução de pena para que ele fizesse as alterações legais, tanto em cadastros quanto nos processos já existentes contra ela.

A mudança de sobrenome

Condenada pelo brutal assassinato dos pais e amplamente conhecida pelo sobrenome, Suzane von Richthofen, de 40 anos, adotou novo sobrenome, para se distanciar do crime cometido. Agora, ela se chama oficialmente Suzane Louise Magnani Muniz.

A informação é do jornalista e autor do livro biográfico de Suzane, Ulisses Campbell, na coluna True Crime, do jornal O Globo.

A mudança nos documentos ocorreu no último dia 13 de dezembro, data em que Suzane e o médico Felipe Zecchini Muniz, de 39 anos, declararam união estável em um cartório de Angatuba, no interior paulista.

O enlace entre eles ocorreu 10 meses depois de Suzane deixar a Penitenciária de Tremembé em regime aberto e oito meses após conhecer o médico pelas redes sociais. O casal se conheceu no Instagram.

Condenada a 39 anos de prisão, Suzane foi a mandante do assassinato dos pais, Manfred e Marísia, que ocorreu em 2002. Na época, Suzane namorava Daniel Cravinhos, de 43, também condenado pelo duplo homicídio — assim como o irmão dele, Cristian Cravinhos.

Para se afastar do estigma do sobrenome

Para se livrar do sobrenome sem cortar totalmente os vínculos familiares, Suzane adotou o sobrenome árabe da avó materna, Lourdes Magnani Silva Abdalla, que morreu em 2012, aos 92 anos. A mãe de Suzane, Marísia, não carregava o “Magnani” no sobrenome.

Já o Muniz ela pegou do companheiro, que por sua vez herdou do pai, o médico José Alonso Muniz, morto em 2022.

De acordo com Campbell, Suzane e Felipe decidiram declarar união estável justamente para alterar o sobrenome e tentar afastar da família o estigma do crime que ela cometeu em 2002.

O parto de Suzane ocorreu na noite de 26 de janeiro de 2024, no entanto, o bebê só foi registrado três dias depois. A criança recebeu o nome do pai e o novíssimo sobrenome da mãe.

No entanto, no campo da certidão destinado aos avós maternos do menino, consta o “von Richthofen” ao lado dos nomes de Manfred e Marísia.

Ainda de acordo com o jornalista, Suzane também trocou de sobrenome para tentar ser aceita na família de Felipe. Os Zecchini Muniz são bastante conhecidos em Bragança Paulista. É comum que vizinhos e amigos da sogra de Suzane reclamem quando veem a mulher do médico circulando dentro do condomínio onde moram.

“Louise das Dores”

Suzane já havia tentado mudar de identidade para se desassociar do crime que cometeu. Em 2016, quando estava em união estável com o marceneiro Rogério Olberg das Dores, ela andava pelas ruas de Angatuba se identificando como “Louise das Dores”.

Na época, Rogério tinha uma tia lutando contra um câncer. Suzane pegava emprestadas as perucas estilo chanel da paciente e andava disfarçada pela cidade.

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