“Somos amigos e irmãos”, diz Faustão sobre morte de Caçulinha
O apresentador falou sobre a perda do maestro, que foi o responsável pela parte musical do programa Domingão do Faustão por 20 anos
atualizado
Compartilhar notícia
A notícia da morte de Rubens Antônio da Silva, mais conhecido como Caçulinha, na madrugada desta segunda-feira (5/8), pegou a todos de surpresa, inclusive seu ex-companheiro de programa, Faustão. O apresentador lamentou a perda do maestro, que foi o responsável pela parte musical do Domingão do Faustão por 20 anos.
“Fora a importância na música brasileira, no show do Brasil e em termos culturais, um cara que trabalhou com Tony Bennett, Roberto Carlos, Elis Regina, Elizeth Cardoso, Angela Maria, Cauby Peixoto um dos maiores nomes da música brasileira com muita lealdade e muita competência e muita versatilidade”, elogiou Faustão, em conversa com a Quem.
E continuou seu desabafo: “Caçula é um dos meus amigos mais antigos, somos amigos e irmãos desde 1965. Eu o conheci apresentando a um programa de rádio chamado rádio Baile, em Campinas, desde lá tivemos um convivência absurda de viajar junto, de dividir a vida junto, de curtir os altos e baixos da vida. Foi um prazer ter trabalhado com ele. Um ótimo caráter, um cara criativo que convivi bastante!”, afirmou.
No fim, Faustão ainda citou a família do amigo: “Meu único consolo é que ele teve uma estrutura de vida extraordinária. Uma irmã, a Wanda, que foi excelente e as sobrinhas que deram a ele toda o carinho e dignidade como ele mereceu. Ainda bem que ele não sofreu tanto como em algumas doenças, ele viveu e entrou no grande baile da vida, fez história e deixará saudades!”, encerrou.
A morte de Caçulinha
O mundo da música e da televisão amanheceu de luto nesta segunda-feira (5/8). A família de Rubens Antônio da Silva, mais conhecido como Caçulinha, anunciou, através do Instagram, o falecimento do maestro, que foi o responsável pela parte musical do programa Domingão do Faustão por 20 anos.
“É com profunda tristeza que comunicamos que Caçulinha, o grande músico, o irmão inseparável e o titio mais amado, nos deixou hoje, aos 86 anos, durante a madrugada. Uma vida de dedicação à música popular brasileira”, começou o comunicado.
E continuou: “O maestro, com ouvido absoluto, que tocou com os grandes artistas, gravou mais de 30 discos e divertiu muita gente por 60 anos na televisão, deixa um legado imenso de amor à arte. A despedida será na Capela do Cemitério São Paulo, às 11hs, sepultamento às 16hs no mesmo local”, informou o texto.
Nos comentários, os seguidores lamentaram a notícia: “Grande perda para nós e para a música universal 😢”, disse um. “Grande maestro, gente humilde demais! De vez em quando encontrava ele na Manon da Avenida Ibirapuera. Triste ver nossas referências partindo. Descanse em paz, maestro! 😢”, lamentou outro. “Que Deus o receba em sua infinita misericórdia. Luz e paz ao nosso eterno maestro 😢❤️”, desejou uma terceira. “Deus conforte o coração de todos familiares e amigos, eu sou fã do trabalho dele”, publicou mais um.
Caçulinha faleceu na madrugada desta segunda-feira (5/8), aos 86 anos. Ele estava internado há 10 dias no Hospital Santa Maggiore, em São Paulo, e se recuperava de um infarto.
A história de Caçulinha
Ele ficou famoso como responsável pela parte musical do programa Domingão do Faustão durante 20 anos. O paulista de Piracicaba, nasceu, cresceu e morreu respirando música.
O pai, Mariano da Silva, era um compositor sertanejo de sucesso. A influência foi tamanha que o músico começou a carreira formando uma dupla com o irmão. Aliás, eles herdaram o nome da dupla que o pai tinha com o tio: Mariano e Caçula.
Por isso, Rubens Antônio da Silva ficou com o apelido de Caçulinha. Ele gravou o primeiro disco com 8 anos de idade e desenvolveu uma habilidade fora do normal com o acordeão.
Gravou 31 discos e gravou com nomes como Luiz Gonzaga, Elis Regina, Elizete Cardoso, Erasmo Carlos, Ronnie Von, Gonzaguinha, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia.
E também fez parte das turnês mundiais de três músicos: Roberto Carlos, Jorge Ben Jor e Tim Maia.
Conforme a própria nota da família de Caçulinha, ele teve uma vida dedicada à música popular brasileira. Em 86 anos, ele gravou mais de 30 discos e esteve presente em programas de televisão por 60 anos.
Apelido de Caçulinha
Nascido em Piracicaba, no interior de São Paulo, Caçulinha nasceu, cresceu e morreu respirando música.
O pai dele, Mariano da Silva, era um compositor sertanejo de sucesso. A influência foi tamanha que o músico começou a carreira formando uma dupla com o irmão. Aliás, eles herdaram o nome da dupla que o pai tinha com o tio: Mariano e Caçula.
Por isso, Rubens Antônio da Silva ficou com o apelido de Caçulinha. Ele gravou o primeiro disco com 8 anos de idade e desenvolveu uma habilidade fora do normal com o acordeão.
Ainda de acordo com a família, ele tinha ouvido absoluto, ou seja, é um fenômeno auditivo, geralmente considerado raro, que se caracteriza pela habilidade de uma pessoa identificar ou recriar uma dada nota musical mesmo sem ter um tom de referência.