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Sindicato investiga escalação de elenco sem DRT em Cidade de Deus: “Falta de respeito”

O presidente do Sated-RJ, Hugo Gross, conversou com a coluna e falou sobre a situação: “Com certeza vamos tomar todas as medidas cabíveis”

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Cena colorida do filme Cidade de Deus. Uma série para dar continuidade a história está sendo desenvolvida pela HBO Max - Metrópoles
1 de 1 Cena colorida do filme Cidade de Deus. Uma série para dar continuidade a história está sendo desenvolvida pela HBO Max - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes Sociais

As gravações de Cidade de Deus, produzida pela HBO Max, seguem a todo vapor. Mas um detalhe tem revoltado algumas pessoas do meio: a falta de atores com registro profissional. Sim, caros leitores! A coluna descobriu que mais de 30 pessoas estiveram gravando a série, em São Paulo, nesta semana, sem o famoso DRT.

A coluna procurou o presidente do Sindicato dos Artistas do Rio, Hugo Gross, para comentar o caso. Em breve, as gravações também serão iniciadas na Cidade Maravilhosa. Segundo o profissional, a situação já está sendo imvestigada.

“Eu ouvi dizer isso e mandei levantar e averiguar. Se realmente for verídico [as pessoas atuando sem DRT], vamos colocar o Ministério Público em cima. Ele entra e a gente resolve isso”, declarou Hugo Gross.

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Equipe de Cidade de Deus é agredida pela PM em São Paulo
Hugo Gross é presidente do Sindicato dos Artistas do Rio
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Equipe de Cidade de Deus é agredida pela PM em São Paulo

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Hugo Gross é presidente do Sindicato dos Artistas do Rio

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O ator ainda destacou a falta de respeito com a categoria de atores. “É uma falta de respeito com a categoria, com as pessoas que estudam, com as pessoas que têm direito ao registro, a documentação…”, falou.

Hugo Gross enfatizou que a instituição tomará todas as medidas cabíveis. “A gente utiliza a instituição Sated para defender esses direitos. Com certeza vamos tomar todas as medidas cabíveis, porque virou uma chacota, né? As pessoas acham que podem fazer o que querem e não podem”, disparou.

A série Cidade de Deus está sendo gravada na comunidade 12 do Cinga, em São Paulo. A história voltará às telas 0 anos depois dos acontecimentos do filme com mesmo nome.

Recentemente, parte da equipe relatou ter sido agredida por policiais militares durante um ensaio para uma cena. Os agentes alegaram que receberam denúncia de um “tribunal do crime” mas, na verdade, tudo não passava de ficção.

A assessoria do filme procurou a coluna e esclareceu o assunto: “A O2 Filmes desconhece a origem da informação vinculada ao SATED/RJ. Questões relacionadas ao projeto e sua equipe são tratadas no local onde a produção está sendo realizada, no caso, em São Paulo”.

Sindicato dos Artistas repudia uso de inteligência artificial em produções audiovisuais

O uso da inteligência artificial nas produções audiovisuais tem ganhado cada vez mais destaque. No entanto, o Sindicato dos Artistas do Rio (Sated-RJ) está de olho na situação e emitiu uma nota oficial repudiando a questão. Assinado pelo presidente da associação, Hugo Gross, o texto diz que o órgão lutará pelos direitos autorais e pela empregabilidade dos artistas e técnicos que estão sendo prejudicados com a utilização indiscriminada da I.A.

“O Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões do Estado do Rio de Janeiro (SATED/RJ) vem por meio do seu presidente, Hugo Gross, comunicar que não medirá esforços para barrar a utilização indiscriminada da Inteligência Artificial (I.A) em qualquer produção Audiovisual que afete a empregabilidade de nossos artistas e técnicos, em especial no ramo da dublagem, uma das mais afetadas com o uso das novas tecnologias, podendo gerar perda de milhares de postos de trabalho”, diz o começo do texto.

E continuou: “Segundo relatos de muitos profissionais sindicalizados, ao assinarem contratos para novos projetos, é cada vez mais comum que as empresas (distribuidores de filmes, séries, desenhos, etc.) insiram cláusulas que permitam que versões sintéticas, criadas pelo o algoritmo da inteligência artificial, sejam geradas a partir de suas vozes em qualquer obra que o estúdio venha a produzir no futuro por meio de qualquer plataforma ou veículo de comunicação. Além da dublagem, figurantes, autores, técnicos e atores serão diretamente afetados”.

“A situação mundial do mercado de trabalho e o seu futuro causa grande preocupação em todos os artistas e técnicos e em especial do nosso Sindicato, pois entendemos que esse cenário focado somente no lucro das produções fará com que todas essas profissões possam perder espaço para a I.A. E esta preocupação assola toda a engrenagem que faz o entretenimento brasileiro acontecer de fato. São milhares de profissionais que podem perder os seus empregos com a adesão em massa da Inteligência Artificial”, completaram.

O Sindicato dos Artistas do Rio se mostrou disposto a combater o que chamaram de “monstro tecnológico”. “Nós do SATED-RJ apoiamos toda e qualquer ação que possa combater este monstro tecnológico que está sendo gerado. Seja através de leis que garantam proteção do emprego, direitos autorais e principalmente a legalidade trabalhista dos profissionais que estão sendo contratados, até porque no Brasil a profissão de artista é uma profissão regulamenta por lei. A Lei 6.533/78 define que é necessário registro profissional para exercer a profissão de artista ou técnico”, escreveram.

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