Sindicato dos Artistas denuncia “panelinha” ao Compliance da Globo
O presidente Hugo Gross fez um dossiê e entregou à emissora neste mês; denúncia é sobre a contratação de atores para as novelas do grupo
atualizado
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O Sindicato dos Artistas do Rio de Janeiro (Sated-RJ) apresentou uma denúncia ao Compliance da Globo, a respeito de uma “panelinha” que estaria acontecendo na contratação de atores para as novelas do grupo. Hugo Gross, presidente da entidade, montou um dossiê, que foi entregue a emissora neste mês.
A coluna Fábia Oliveira teve acesso ao documento. Nele, consta que o sindicato vem recebendo sucessivas denúncias de profissionais que são preteridos nas escolhas de elenco de diversas produções, sendo substituídos pelos integrantes do cash artístico agenciado pela empresa Santo Expedito, que tinha como sócio Francisco Acciolly, que também era preparador de elenco da Globo.
Acciolly chegou a ser contratado para outro cargo fixo na emissora e deixou de agenciar atores, segundo a atual proprietária da agência, Anna Luiza Paes de Almeida. No entanto, de acordo com o dossiê do sindicato, a “panelinha” entre a Santa Expedido e o elenco de produções da Globo continua.
Ainda segundo a denúncia apresentada, as contratações de atores do cash da empresa se destacam ainda mais quando se observa a parceria entre Francisco Acciolly e o diretor José Luiz Villamarim. Isso seria possível observar em produções como Justiça, Amores Roubados, Amor de Mãe e Pantanal, que contam com artistas agenciados pela Santa Expedito.
Atores como Jesuíta Barbosa, Julia Dalavia, Duda Batson e Sophie Charlotte são alguns dos agenciados pela empresa.
O sindicato ainda destacou que a escolha de Jesuíta Barbosa para viver o personagem Jove, em Pantanal, foi em substituição ao ator Rafael Cardoso, como foi vastamente publicado na época. À coluna, Hugo Gross também pontuou que Julia Dalavia é a favorita para interpretar Maria de Fátima no remake Vale Tudo.
Com a denúncia, o Sindicato dos Artistas do Rio cobra um posicionamento da Globo a respeito da situação, sob pena de se tomar as medidas cabíveis.
“Esperamos que a Rede Globo se pronuncie e tome medidas sérias, caso contrário entraremos no Ministério Público do Trabalho, na Organização Internacional do Trabalho e no Conselho de Administração”, disse Hugo Gross à esta coluna.