Ex-funcionária de Gal Costa relata exploração. Ouça o áudio!
A ex-colaboradora expôs condições precárias durante o trabalho na casa da cantora e da viúva, Wilma Petrillo, como ficar com fome e sede
atualizado
Compartilhar notícia
Depois da polêmica em torno da herança de Gal Costa, agora, uma ex-funcionária decidiu expor as condições precárias de trabalho fornecidas pela cantora, que morreu em novembro de 2022. De acordo com a moça, que prestou serviço na residência da artista por cinco anos, o expediente excedia o horário padrão, chegando a 12 horas diárias, além de não disponibilizarem refeições ou água.
“Para a pessoa ter moral de reclamar, precisa pagar a pessoa em dia, pagar o meu dinheiro. O que eu já trabalhei…eu não estou recebendo. Com isso eu estou quieta, não estou brigando com vocês, mas vocês estão brigando comigo”, disse no áudio divulgado pelo colunista Daniel Nascimento, do O Dia, durante conversa com a viúva da famosa, Wilma Petrillo.
A moça seguiu cobrando o salário, se referindo a um conflito que teve com Ana Cristina, ex-cunhada da artista baiana, na frente dos vizinhos: “Vocês que me devem, eu não devo nada para vocês. Vocês me devem, tem que pagar o que me devem para depois reclamar de mim”.
A ex-colaboradora seguiu: “Eu não sou empregada dela [Cristininha], ela não me paga, ninguém me paga o meu salário aí. Eu tô aí [trabalhando] porque eu gosto de vocês. Basta você ter reclamado de mim, você tem que me pagar, salário, condução. A pessoa trabalhar sem receber e sem comer, isso não é justo. E com fome. Isso não é justo”.
Em outro trecho, a ex-funcionária dá detalhes do desentendimento com a irmã de Petrillo. “Só que é falta de respeito a Cristininha ficar gritando na rua, eu lá varrendo a calçada, ela gritando comigo. Ainda bateu a porta na nossa cara aí, a Cristininha. Isso é muito feio. Todo mundo olhando. Muito feio isso aí… Nós [ela e o marido] fomos para trabalhar. Não posso ser gritada [sic] ou humilhada por ninguém, não”, reforçou.
Ouça a conversa completa entre Wilma Petrillo e a ex-funcionária:
No diálogo, Wilma reclamava sobre a lavagem de roupas sujas, uma vez que a máquina estava com defeito: “[Lavei], só não sequei porque a máquina dela está ruim, eu não tenho culpa. Ela ligou pra mim, 5 horas da manhã (…), a Gal Costa brigando comigo”.
A ex-colaboradora completou: “Tô sem dinheiro, sem dinheiro nenhum. Antes você pagava meu salário certinho, minha condução. É feio eu ficar cobrando toda hora. Cheguei aqui ruim, cansada de mais. Fiz dois horários, trabalhei mais de 12 horas, sem comer e beber nada”.
No fim do papo, a mulher avisou que estava exausta por ter que realizar o serviço da casa sozinha, principalmente sem ter alimentado ou parado para descansar. “Não consigo nem levantar, tô muito cansada. Tô ficando cansada e doente, não existe trabalhar mais de 12 horas sem comer nada, sem receber nada. Sem receber o salário da gente que trabalha. E ainda fica a Cristininha gritando no meio da rua. Isso é muito feio”, concluiu.
Ainda segundo o jornalista, a ex-funcionária abriu um processo contra Wilma Petrillo, pedindo que seus honorários fossem pagos. Na ação, ela pede mais de R$1 milhão de reais em direitos trabalhistas.