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Saiba como Cariúcha se tornou “mãe” de Mirella Basílio

A “filha” trans que a participante de A Fazenda 15 tanto fala, bateu um papo exclusivo com a coluna e contou como foi “adotada” pela artista

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Mirella Basílio e Cariúcha
1 de 1 Mirella Basílio e Cariúcha - Foto: Reprodução

Mirella Basílio, a filha trans que Cariúcha sempre fala em A Fazenda 15, bateu um papo exclusivo com esta colunista e contou como conheceu a artista, deu detalhes de como se tornaram “mãe” e “filha” e, se de fato, a adoção é oficial ou apenas de amor.

A moça vivia em São Paulo e, atualmente, mora no Rio de Janeiro com a Garota da Laje. Maquiadora, ela afirmou que se dá muito bem com a peoa e até revelou qual apelido carinhoso usa para se referir à rival de Jojo Todynho. Inclusive, Mirella tem uma tatuagem com o nome de Cariúcha no pulso. Confira!

Como vocês se conheceram?
Nos conhecemos em meados de 2017. Eu adorava acompanhar a vida dos artistas e a vi no TV Fama dando uma entrevista com um curativo no nariz. Nesta época eu era casada, eu morava junto com uma pessoa e eu perguntei pra ele quem era ela. Depois de descobri, comecei a procurar nas redes sociais e, a partir daí, eu consegui contato com ela. Ela me respondeu, foi super carinhosa, super amorosa, receptiva. Criamos uma amizade imensa. Sou paixonada pela essência dela, pelo caráter dela.

Desde então vocês moram juntas? Como veio de São Paulo para morar com ela no Rio de Janeiro?
Na ocasião, eu tinha muitos problemas com o rapaz que eu morava e um desses problemas era por eu querer iniciar a transição. Ele não aceitava porque até então ele gostava de homens, não de uma mulheres. Por conta dos conflitos,eu sofria diversas agressões físicas, verbais e eu não tinha ninguém que eu pudesse contar. Minha família, nesse momento, era a mesma coisa que nada. Contei pra ela [Cariúcha] o que eu estava passando, a situação que eu estava vivendo, mandei fotos da gressão pra ela, mandei vídeos, porque eu não tinha mais a quem recorrer. A minha família desde que eu me assumi, virou as costas pra mim. Ela [Cariúcha], com toda a paciência do mundo, me ouviu e falou que não era rica, mas que pretendia me ajudar e perguntou se eu queria vim para o Rio morar com ela e que jamais iria me julgar.

Como você tá recebendo as críticas que estão fazendo da Cariúcha em A Fazenda 15?
Sinceramente? Eu estou desabando, já chorei bastante. A gente quando ama alguém acaba tomando as dores da pessoa. Até me emociono, porque ela não é esse monstro todo que a internet está julgando que ela é. As críticas são bem pesadas, não são críticas construtivas, são críticas de difamação, de destruição. Inclusive eu recebi ameaças no meu direct [do Instagram]. Mandavam fotos de onde eu moro me ameaçando. São coisas que estão passando dos limites.

Quando ela falou sobre você, contou que era uma mulher trans. Você recebeu algum comentário preconceituoso ou está sendo vítima de transfobia, já que diz receber tantas ameaças?
Tem gente falando [por mensagem] que sabe onde eu moro, que vai ficar me esperando ir pra rua, fazer alguma coisa pra me pegar. São coisas desse tipo, fora comentários transfóbicos, do tipo: ‘você nunca vai ser uma mulher’, ‘você tem cara de homem’, ‘você é homem’, ‘você nasceu homem’, ‘vai morrer’. E olha que eu não ofendi ninguém. As pessoas que estão pesando muito e o engraçado é que ninguém coloca a cara à tapa A maioria [da ofensas] é de conta fake.

Você denunciou, registrou Boletim de Ocorrência? Pretende?
Mandei tudo para o advogado, que me orientou ir numa delegacia especializada e que deve demorar bastante [pra resolver], porque são contas fakes. Eu apaguei tudo pra não ficar relendo, porque isso me afeta psicologicamente. Mudei até as configurações de solicitação de mensagem do Instagram pra que eu não receba mais nada. Não, não cheguei a fazer boletim de ocorrência, embora transfobia foi o que mais recebi.

E como você está reagindo aos haters? Acha que a motivação das ofensas e críticas é só sobre o jogo no reality ou tem algo mais?
Hoje em dia eu procuro não ver. Eu não não abro posts relacionados à ela. Eu não vejo mais direct, não vejo mais nada relacionado à imagem dela no reality, porque não está me fazendo bem psicologicamente. Comecei até fazer terapia para evitar estresse e crises de ansiedade. Ela é preta, ela é periférica, ela é favelada. O linguajar dela não é um linguajar formal, é um linguajar informal e o Brasil é um país muito preconceituoso. Então as pessoas caem em cima, matando em cima de pessoas pretas. Pra mim, tudo é relacionado mais ao preconceito do que as atitudes dela lá dentro. Eu não sei qual o motivo das pessoas vim implicarem com o gênero e a sexualidade alheia. Sinceramente, não entendo até hoje. Deus deu o livre arbítrio pra cada cada um faz o que quiser com a sua vida. Ficar se preocupando com o gênero e a sexualidade alheia é o fim do mundo.

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Mirella Basílio e Cariúcha
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Tatuagem de Mirella Basílio em homenagem à Cariúcha
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Tatuagem de Mirella Basílio em homenagem à Cariúcha

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Saiba como Cariúcha se tornou “mãe” de Mirella Basilio

Existem especulações dizendo que vocês se prostituíam juntas. Cariúcha já falou desse momento da vida dela. É verdade?
Já te adianto que não vai ser a primeira e nem a última vez que vão inventar esses tipos de boatos. Em relação à prostituição. Não, nós nunca trabalhamos juntas. Isso nunca ocorreu. Quando eu fui morar com ela, não não sabia o que fazer da minha vida. E na época ela tinha uma marca de laces, de perucas de cabelos humanos. E aí eu até cogitei [me prostituir]. Falei, eu chamo ela de Muchacha. Disse: ‘Estou pensando em me prostituir pra te ajudar’. Ela recusou. Ela nunca aceitou um centavo meu. Muito menos me prostituir. Ela nunca concordou e nunca aceitou. Portanto, nunca fizemos esse tipo de coisas juntas. Fizemos diversas coisas juntas, vendemos perucas juntas, diversas coisas, menos por esse lado de trabalho sexual.

Você chama ela apenas de Muchacha ou também de mãe?
Ah! Depende. Só quando nós estamos num momento mais íntimos ou em família [que chama de mãe], entendeu? Mas é raro. Eu eu falo pra todo mundo que é minha mãe. Mas Muchacha é um apelido mais carinhoso. É como se fosse chamar mãe, mas pra mim é Muchacha. Eu acho que ficar chamando mãe é muito clichê. Aí eu adotei esse apelido.

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