Roupa Nova celebra 44 anos com cruzeiro e revela planos para 2025
A Coluna Fábia Oliveira foi convidada para fazer a cobertura da viagem e aproveitou para bater papo com os integrantes do grupo
atualizado
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O Roupa Nova completou 44 anos de carreira no ano passado e, para marcar a data, começou 2025 com uma comemoração pra lá de especial: um cruzeiro recheado de atrações ao lado dos fãs da banda, que conquista gerações a cada aniversário.
E a Coluna Fábia Oliveira foi convidada pelos organizadores da viagem para conferir de perto tudo o que rolou por lá. Esta jornalista que vos escreve bateu um papo com os integrantes da banda, que contaram sobre os planos para o ano novo e falaram sobre o sucesso das músicas, que foram temas de muitas novelas da TV Globo.
Vale lembrar que o Roupa Nova está sem um de seus membros, já que Sérgio Herval Hollanda de Lima, mais conhecido como Serginho Herval, de 66 anos, sofreu um acidente doméstico e precisou ser operado. Durante o bate-papo, eles ainda aproveitaram para atualizar o estado do parceiro de palcos.
“O Serginho sofreu um acidente caseiro e machucou a perna, justamente a que ele mais usa na bateria. Foi um acidente caseiro, porém sério”, afirmou o vocalista Fábio Nestares.
Ao lado dos outros músicos, ele ainda relatou: “Já foi hospitalizado, fez a cirurgia que tinha que fazer, mas vai ter que ficar uma semanas (se recuperando)”, pontuou, antes de finalizar:
“Talvez em fevereiro já volte pra gente, mas foi sério no sentido de ele não poder voltar pros palcos. Mas ele está em casa, está bem, graças a Deus”, declarou.
Confira a entrevista completa
Quais são os projetos do Roupa Nova para 2025?
Temos um audiovisual para gravar assim que o Serginho voltar. E alguns feats com outros artistas.
São 44 anos de carreira, sucesso com músicas em novelas e um navio. O que falta?
Tá sempre faltando alguma coisa. Acho que alguém pode completar, mas o dia que a gente achar que não falta nada, a gente para. Estamos sempre querendo procurar o melhor e fazer mais coisas. De repente, você parou de fazer, decreta que acabou a sua carreira. A gente tem 44 anos e pretendemos tocar bastante ainda. Um coisa que a gente não contou ainda: vamos começar a nos apresentar em espaços maiores, como estádios. Esse ano, pelo menos dois shows muito grandes. A gente vai começar a investir nessa parte de fazer show pra muita gente, talvez começando por São Paulo.
Em um show do Vivo Rio e você fizeram uma música à capela. Isso não é característica de um show mais intimista, apesar de o Vivo Rio ser uma grande casa?
A gente gosta de cantar à capela. E esse audiovisual é um show, como demos um spoiler no primeiro dia, é mais intimista. Mas não é desanimado, é pra cima, junto com público, com respostas e participações diretas, tem um vídeo interativo. Pode parecer que estamos falado coisas conflitantes, mas não. A gente pretende fazer, em espaços muito grandes, esse show intimista.
A gente vê claramente no navio gerações cantando vocês. E a gente vê bandas que não duram nem um verão. Como é que é para vocês ver tantas gerações cantando tantas músicas de vocês?
Eu [o vocalista Fábio Nestares] posso falar por experiência própria que eu vivi essas gerações, né? Eu com 11 anos, quando eles ainda eram superjovens também, já era aficionado por Roupa Nova. E há tantos anos que acompanho o Roupa Nova, sempre vi público jovem da minha idade e vai subindo. E, de repente, os filhos daqueles, filhos dos filhos. E percebo isso hoje e me assusto, numa boa. E acho que pra eles [outros integrantes do grupo] é um prazer enorme durante 44 anos ver gerações e gerações, pessoas renovando os gostos. A música é cíclica, hoje existem vários modelos, vários estilos, todos válidos, e o Roupa Nova acho que prova que sempre esteve no caminho certo.
A gente trabalha limpo, procura fazer sempre o melhor, joga pra cima, sabe? E se você dá um passo atrás e olha pra isso como carreira, está aí a grande mensagem. Então, o que o Roupa Nova passou nesses 44 anos? Passou muita coisa: que devia trabalhar pesado, se entregar o que se faz, vencer dificuldade, convencer. E isso a gente já passou, a gente já não está mais nela. Hoje, as pessoas olham pra nós e falam assim ‘ih, caramba, esses caras são de verdade’.
São muitas personalidades diferentes aqui. Como é que fica 44 anos juntos? É mais que muito casamento. Como é que vocês lidam com isso?
Brigando bastante (risos). Brigamos muito, mas já brigamos mais. E a gente briga sempre pelo melhor, nada nada pessoal. Brigamos por causa de tudo. Quando tem alguma discussão é em relação, assim, a um arranjo. A gente fica discutindo.
E quem é o mandão do grupo?
Não tem mandão, não tem líder. Acho que varia, né? Cada hora um quer mandar um pouquinho e, de uma forma geral, a gente procura se entender.
O Fábio já deu uma entrevista falando da importância do ter substituído Paulinho, da emoção, que ele sempre reza pelo Paulinho. Então, quero saber como foi para vocês receber o Fábio?
O Paulinho, uns cinco anos atrás, vinha sofrendo muito com o câncer, tinha momentos que ele não conseguia cantar e a gente tinha que substitui-lo. E ele pediu que fosse o Nestares. Eles são amigos há muitos anos e, a partir daí, a gente começou a saber que, por algum motivo, teria alguma pessoa que poderia substitui-lo.