Robinho fala pela primeira vez sobre a condenação por estupro
Na semana em que o Superior Tribunal de Justiça vai decidir o destino, o jogador de futebol conversou com o Domingo Espetacular sobre o caso
atualizado
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Condenado a 9 anos de prisão por estupro, Robinho entra na semana decisiva de sua vida. Na próxima quarta-feira (20/3), os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), liderados pelo relator Francisco Falcão, vão se reunir para decidir o futuro do jogador e ele resolveu se manifestar pela primeira vez sobre o caso, que aconteceu na Itália.
Em um bate-papo exclusivo com Carolina Ferraz, que vai ao ar neste domingo (17/3) no Domingo Espetacular, o atleta questionou o motivo de estar sendo processado: “Por que que só eu estou respondendo por isso?”, quis saber ele.
Em outro, ele desabafou sobre sua situação perante à Justiça: “Eu não estou pedindo para me inocentarem sem provas, eu tenho as provas”, garantiu ele.
STJ deve confirmar a pena do ex-jogador
Os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), liderados pelo relator Francisco Falcão, vão se reunir no próximo dia 20 para decidir o futuro de Robinho no caso de estupro pelo qual foi acusado na Itália. E, segundo o jornal O Globo, tudo indica que os magistrados vão confirmar a pena de 9 anos do ex-jogador.
De acordo com a publicação, Falcão deve apresentar um voto rigoroso, seguindo a jurisprudência da Corte em casos de homologação de sentenças estrangeiras e em precedentes envolvendo violência contra a mulher.
Nos bastidores, da Corte Especial, órgão que irá julgar o caso de Robinho, ministros têm se mostrado favoráveis a condenações por este tipo de crime que envolve famosos, como Daniel Alves e o próprio Robinho.
Ainda segundo o jornal, interlocutores do tribunal avaliam que a maioria dos 15 ministros deve seguir o voto de Falcão, um dos mais antigos integrantes do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A Procuradoria-Geral da República (PGR) já aprovou a possibilidade de homologação da condenação, justificando que o pedido da Justiça italiana cumpriu todos os requisitos legais. O parecer é assinado pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos.
Robinho foi condenado a nove anos de prisão na Itália por um estupro coletivo. O julgamento italiano em última instância aconteceu 9 anos após o crime, mas o ex-jogador já estava no Brasil e, por isso, não ficou preso na Europa.
Após o encerramento do caso, a Justiça italiana chegou a pedir a extradição de Robinho, mas o Brasil não aprovou. Por isso, o pedido para que a pena fosse cumprida em solo brasileiro foi homologado.
Em áudios, Robinho admitiu relação
O caso de estupro envolvendo o ex-jogador Robinho ainda segue dando o que falar. No dia 20 de junho do ano passado, o podcast Os grampos de Robinho, do UOL, revelou novos áudios em que o atleta comenta sobre o caso com amigos. As declarações gravadas pela polícia levaram a Justiça da Itália a condená-lo a nove anos de prisão.
Na conversa sobre o depoimento que daria na investigação, Robinho admitiu que a vítima fez sexo oral nele e no amigo Ricardo Falco. Em outro trecho, Falco disse a Robinho que a mulher “estava fora de si”, após o atleta temer que ela tenha guardado alguma prova física do crime.
Ainda na conversa, o jogador se mostrou preocupado sobre existir câmeras de seguranças na boate Sio Café, em Milão, na noite do crime. Ao saber que não, ele comemorou.
“Minha preocupação era só essa, de ter câmera lá”, disse ele a Falco. “Se não ia foder todo mundo, que a mina chupou o teu, chupou o meu”, afirmou o ex-jogador de futebol.
Em outro ponto divulgado, Robinho conversa com a esposa Vivian. O atleta primeiro nega qualquer participação no estupro, mas depois admite que viu os amigos cometerem o crime. No áudio, ela chora diante da possibilidade de o marido ser preso.
Vivian também relata a conversa com a polícia e teme a repercussão do caso para sua imagem. “Só que eu fiquei ali de a mulher chifruda, burra, que não sabe de nada”, disse ela.
Nos áudios, Robinho ainda tenta se eximir da culpa e aponta o dedo para os amigos que estão no Brasil. “Pode jogar para os moleque que eles estão lá na casa do caralho”, falou a Ricardo Falcão.
O caso aconteceu em janeiro de 2013. Robinho foi condenado por violência sexual em grupo cometida contra uma mulher albanesa na boate.