Repórter desabafa após ter problemas para respirar durante transmissão
Lucas Conrado, da TV Onda Digital, se revoltou durante o Programa da Tarde, da Meio Norte, após Manaus amanhecer encoberta por uma fumaça
atualizado
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O repórter Lucas Conrado, da TV Onda Digital, afiliada da Meio Norte, se revoltou e fez um desabafo nesta quinta-feira (12/10), durante o Programa da Tarde, após Manaus amanhecer encoberta por uma fumaça densa, pelo segundo dia consecutivo. “Está perigoso respirar aqui na capital amazonense”, falou.
“Segundo as informações de um site norte-americano que mede a qualidade do ar, Manaus está entre os três piores locais do mundo para se respirar. Não é nem insalubre, está perigoso respirar aqui na capital amazonense por conta dessa densa fumaça”, completou.
E alertou: “Todos os dias nós estamos em situações como essa, com muita fumaça. As recomendações é que se use máscara e coloque uma bacia de água”. De acordo com o Corpo de Bombeiros de Manaus, mais de 1.900 focos de incêndio foram combatidos em apemas 48 horas.
Lucas ainda esclareceu sobre os perigos que a fumaça pode causa e que a situação está piorando cada vez mais. “A verdade é que os olhos ardem, é difícil de respirar porque o nariz arde, a garganta também. Hoje parece pior que ontem, e a expectativa é que piore, porque mais focos de incêndio são todos os dias registrados”, ressaltou.
E seguiu indignado: “A verdade é que 119 agentes do Corpo de Bombeiros não são suficientes para combater esses incêndios. Os brigadistas não dão conta, até porque o Amazonas é um estado continental. A grande parte da Europa Ocidental caberia aqui no estado. Além do clima muito quente, ainda tem a fumaça e as pessoas precisam estar sempre hidratadas, pois correm o risco de ter um colapso na saúde mais uma vez”.
Ao G1, o superintendente do Ibama no Amazonas, Joel Araújo, afirmou que a fumaça é causada, principalmente, por agropecuaristas. “Essa fumaça vem dessa região e é provocada pelo uso inadequado do fogo em áreas de agropecuária e que se estendem para áreas de vegetação”, concluiu.