Renata Loureiro fala sobre sua estreia na série Até Onde Ela Vai
A atriz interpreta Beatriz, irmã gêmea de Bárbara (Louise Clós), na trama cristã que está disponível na plataforma de streaming Univer vídeo
atualizado
Compartilhar notícia
O desafio de interpretar gêmeas sem se desdobrar em dois papéis. Esse é o novo trabalho de Renata Loureiro. A atriz, que estreou na série Até Onde Ela Vai, disponível na plataforma de streaming Univer vídeo, conversou com a coluna, com exclusividade, sobre sua personagem.
Além de contar como foi sua preparação para interpretar Beatriz, irmã gêmea de Bárbara (Louise Clós), na trama cristã, Renata falou sobre a importância de participar desse projeto, baseado numa história real.
Veja a entrevista completa
Como foi para você estrear na série Até Onde Ela Vai e interpretar a personagem Beatriz, especialmente sendo a irmã gêmea de Bárbara?
Foi um grande presente. Sou muito grata por fazer parte de uma obra tão especial, que aborda temáticas tão necessárias e por ter dado vida a uma personagem tão forte e sensível que me ensinou tanto sobre o amor e a fé como a Bia.
Qual foi o maior desafio ao dar vida a uma personagem baseada em uma história real cristã?
Acredito que todo personagem é um desafio para o ator. E, quando se trata de um texto baseado numa história real, acho que a responsabilidade é ainda maior.
Como você se preparou para incorporar a complexidade da relação entre Beatriz e Bárbara na trama?
Foi bastante desafiador. O nosso ofício, enquanto atores, já nos exige um certo grau de empatia para nos colocar em uma postura de não julgamento e compreender a psiquê dos personagens que, por si só, já possuem suas próprias complexidades dadas por suas vivências e suas próprias formas de pensar e agir. E quando falamos da relação de irmãs gêmeas e toda a sua particularidade, foi necessária uma dose extra de empatia para, mais do que compreender essa relação, sentir esse coração que pulsa em dois corpos. Para isso, além de muito estudo e de buscar acompanhar o máximo possível da relação que as atrizes mirins estavam construindo para a primeira fase da história, contei com o suporte de dois preparadores maravilhosos que me ajudaram imensamente. O treinador Bruno Lourenço, que me auxiliou a mapear a psiquê da Beatriz durante minhas primeiras leituras, e também a atriz e preparadora de atores Andrea Avancini, que me auxiliou durante todo o processo — da construção da Bia e dessa relação das irmãs e também nos estudos de cena.
A série aborda temas cristãos. Como você acredita que a história pode impactar e ressoar com o público? O que você espera que os espectadores levem consigo após assistir à série Até Onde Ela Vai?
Há um pouco de cada personagem em nós em grau e escala diferente. Tenho certeza de que o público identificará em si um pouco de Beatriz, um pouco de Bárbara e um pouco de todos da história. De uma forma muito sensível a série aborda sobre a luz e a sombra que existe em cada um de nós. E acredito que o impacto está justamente nesse reconhecimento, em trazer à tona esse eu mais profundo e íntimo e demonstrar que o caminho para iluminar nossas escuridões depende de nossos próprios passos em direção à luz.
Qual aspecto da sua personagem, Beatriz, mais te atraiu ao aceitar o papel na série?
A Beatriz é uma mulher alegre, sensível e de muita força. É quem está ao lado da Bárbara desde sempre e em todos os momentos, seja para incentivá-la ou adverti-la. E o que mais me encantou na Bia foi sua capacidade de amar e sua fé. A Bia me ensinou muito sobre o amor paciente e bondoso, pois não importa o que aconteça, o elo de amor que conecta as duas irmãs sempre falará mais alto. Também me ensinou sobre a potência da fé como ferramenta para ressignificar nossas vivências e para iluminar e guiar nossos novos caminhos.
Como surgiu o convite?
Em setembro de 2023, a equipe de diretores de elenco entrou em contato com minha agente para marcarmos um teste presencial. E foi uma grata surpresa ter sido aprovada.
Houve algum momento durante as gravações que foi particularmente emocionante ou desafiador para você?
Teve um momento particularmente desafiador. Gravamos uma cena de emoção e conflito entre as irmãs onde tive que dirigir pelas ruas do Rio em pleno pré-carnaval carioca com mais de 20 blocos não oficiais ocupando as ruas do Rio. Então, além dos desafios da cena em si, que já exigia bastante de mim emocionalmente, e de ter que dividir a atenção com o trânsito, foi um desafio manter a concentração e sustentar a emoção em meio a tantas distrações e imprevistos.
Como você enxerga a importância de representar histórias baseadas em experiências cristãs na mídia atual?
Vivemos num momento onde muitas vezes vemos nossas esperanças, em nós e no mundo, asfixiadas por aquilo que vemos, lemos ou ouvimos. Logo, enxergo na representação dessas histórias cristãs, que falam sobre amor, recomeços e fé, um respiro capaz de reacender a chama da esperança em nossos corações em meio às angústias e densidades do mundo.
Como foi trabalhar com a equipe e elenco para trazer autenticidade à narrativa baseada em fatos reais?
Trabalhar com uma equipe de profissionais tão competentes, capazes e comprometidos com o projeto foi uma experiência enriquecedora. Foi um processo bem intenso, envolto de muito estudo, companheirismo e dedicação. Até Onde Ela Vai é uma série emocionante, intensa e cheia de reviravoltas. Tudo tem sido feito e pensado com muito carinho. Tenho certeza de que a série tocará o coração de todos e que o resultado será lindo.
No contexto da história cristã, como você acredita que as relações familiares, como a de Beatriz e Barbara, podem impactar a audiência de maneira positiva?
No caso da relação das irmãs, além de reforçar a importância de termos ao nosso lado pessoas que nos amam e nos impulsionam para sermos o melhor de nós, acredito que a maneira distinta que as irmãs têm de encarar as dificuldades e desilusões da vida dará ao espectador um bom ponto de reflexão sobre as escolhas que fazemos e como suas consequências e desdobramentos impactam a nossa vida.
Como você abordou a construção da dinâmica entre Beatriz e Bárbara, considerando a complexidade de interpretar irmãs gêmeas? A relação entre irmãs gêmeas muitas vezes é única. Como você explorou essa singularidade na construção de seus personagens em Até Onde Ela Vai?
Pesquisei sobre a relação entre gêmeos em entrevistas, vídeos e filmes. E ao perceber que essa relação entre eles se dava de uma forma especial, transcendendo a razão, utilizei algumas dessas referências para me inspirar nesse processo de não racionalização da relação entre elas e sim me permitir sentir o pulso desse coração compartilhado. Na prática, busquei me conectar ao máximo com a Louise Clós, que é quem faz a Bárbara, antes e durante as cenas, principalmente por meio do olhar.
Qual foi o processo para diferenciar as personalidades de Beatriz e Bárbara, mantendo a autenticidade da relação de irmãs?
Na verdade, não foi tão difícil, apesar de serem fisicamente parecidas, Beatriz e Bárbara já apresentam personalidades bem diferentes e já bem definidas desde a fase da infância.