Polícia detalha o que encontrou no local da morte de Walewska Oliveira
A atleta, de 43 anos, caiu do 17º andar do prédio em que morava, em Cerqueira César, bairro nobre da região central da capital paulista
atualizado
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A polícia de São Paulo divulgou detalhes do que encontrou no local da morte da ex-jogadora de vôlei Walewska Oliveira, de 43 anos. Ela caiu do 17º andar do prédio em que morava com o marido, em Cerqueira César, bairro nobre da região central da capital paulista.
Segundo o boletim de ocorrência, ao qual a coluna teve acesso, quando os policiais chegaram ao local, foram recebidos pela gestora do condomínio. A mulher informou que Walewska “tinha se jogado do 17º andar (área de lazer), caindo na sacada de apartamento do primeiro andar”.
Ainda de acordo com o registro, ao chegarem à área de lazer do prédio, os policiais encontraram sobre uma mesa “garrafa de vinho com uma taça, ambas com vinho pela metade”. Além disso, havia um celular e uma pasta com uma folha sulfite, “onde foi feita uma carta que seria da vítima, aparentemente de despedida”.
No B.O., foi registrado também que uma auxiliar de limpeza do condomínio afirmou ter visto Walewska Oliveira sentada na área de lazer bebendo uma taça de vinho. As duas teriam chegado a conversar rapidamente. Segundo a profissional, a atleta “não chorava e falava normalmente”.
Registrado como “morte suspeita”, o caso está aos cuidados do 78º Distrito Policial de São Paulo, nos Jardins.
Walewska Oliveira era campeã olímpica
Mineira de Belo Horizonte, Walewska nasceu em 1º de outubro de 1979 e começou bem cedo a carreira profissional no vôlei. Em 1995, já era titular como meio-de-rede no Minas, onde ficou até 1998.
A atleta era conhecida pelas companheiras como amiga de sorriso fácil. “A Wal era puro sorriso, alegria, respeitava as pessoas. Só trazer esse testemunho de quem era a Walewska fora das quadras. Dentro, todo mundo percebia a postura de uma atleta exemplar e respeitada por todos”, afirmou Fabi, ex-companheira de Walewska na Seleção.
Antes dos 20 anos, já havia sido convocada para a Seleção Brasileira sob o comando de Bernardinho. Foi uma espécie de ligação entre uma geração mais antiga, com Márcia Fu e Ana Paula, e outra mais nova, com Tainara, por exemplo.
Com o Brasil, conquistou o ouro nos Jogos de Pequim, em 2008, e bronze nos Jogos de Sydney, em 2000. Ainda ajudou a Seleção a conquistar três títulos no Grand Prix (2004, 2006 e 2008), um na Copa dos Campeões (2013) e um nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, em 1999.