Polícia Civil pede a prisão de suspeitos pela morte de Jeff Machado
Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) encaminhou o caso para o Ministério Público no início desta semana
atualizado
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A investigação da morte de Jeff Machado ganhou novos desdobramentos. A Polícia Civil encaminhou o caso para o Ministério Público e ainda pediu a prisão de dois suspeitos pelo crime. A informação foi confirmada pela assessoria da corporação, nesta quarta-feira (31/5).
“A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) representou, nesta segunda-feira (29/5), pela prisão de dois suspeitos. O caso foi encaminhado ao Ministério Público”, informou a nota enviada para a coluna.
Um dos suspeitos trabalhou na TV Globo
Cintia Hilsendeger, amiga de Jeff Machado, já havia contado para esta coluna, na semana passada, com exclusividade, que um suposto amigo, identificado apenas como Bruno, que dizia trabalhar na TV Globo na ocasião, teria planejado a emboscada que vitimou o ator. Pois bem, acontece que o Fantástico, exibido domingo (28/5), confirmou as duas hipóteses.
Em uma matéria sobre o caso, o programa da empresa dos Marinho mostrou fotos do suspeito, confirmou que a polícia trabalha com essa hipótese e ainda divulgou um comunicado da emissora confirmando o vínculo. Na nota, a TV Globo declarou que Bruno de Souza Rodrigues fazia parte do quadro de funcionários e que foi demitido em 2018. O texto, porém, não deu mais detalhes sobre o motivo da demissão e o tempo que ele trabalhou por lá.
O Fantástico ouviu, ainda, a mãe de Jeff, Maria das Dores. Ela contou que o filho deu várias quantias para Bruno, com a promessa de que seria incluído em uma das novelas da Globo: “[Pagou] R$ 12 mil, depois R$ 2 mil porque tinha que fazer uma filmagem, mais R$ 2 mil porque não sei o quê… Você tem um sonho que ele é tão forte dentro de ti que a impressão é que você fica cego pra realidade”, desabafou ela.
Em seguida, ainda muito abalada com a perda do segundo filho, ela relatou como estava se sentindo: “Não tenho mais lágrimas, tenho só dor, porque as lágrimas parecem aliviar a dor. Não consigo mais nem chorar. Tenho dor física, dor da alma”.
Além da mãe do ator, amigos foram ouvidos e afirmaram terem desconfiado das trocas de mensagens com Jeff. Dona Maria, que mora em Santa Catarina, comentou ter estranhado o fato de o artista parar de ligar e apenas enviar textos.
Logo depois, ela lamentou a forma como o filho foi tratado: “Uma coisa cruel, macabra, enterrar dois metros de profundidade, com cimento em cima. Por que tanta maldade? É desumano uma mãe fazer viagem ao Rio de Janeiro buscar um filho que foi assassinado”, disse.
Outro detalhe revelado pela reportagem foi que Bruno ficou com o carro, as chaves da casa de Jeff e ainda usou seus cartões mesmo após o desaparecimento. Foi ele, inclusive, quem procurou a polícia para notificar o sumiço do, então, amigo. A casa onde o corpo de Jeff foi encontrado, em Campo Grande, zona oeste do Rio, foi sublocada por Bruno um mês antes do crime.