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“Pensei em tirar minha vida”, revela Fellipe Villas sobre prisão

O policial militar participou do Link Podcast, na quinta-feira (15/8), após soltura e abriu o coração sobre sua situação com a corporação

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Fellipe Villas posa dentro do reality usando um casaco vermelho e um boné -Metrópoles
1 de 1 Fellipe Villas posa dentro do reality usando um casaco vermelho e um boné -Metrópoles - Foto: Instagram/Reprodução

Dois dias depois de sair da prisão, Fellipe Villas falou sobre os momentos difíceis que passou em cárcere, de como reagiu ao saber da eliminação de A Grande Conquista e ainda contou que toda a confusão foi causada pela falta de atenção de seu advogado.

Em conversa com Bruno Tálamo, no Link Podcast, o ex-participante do reality da Record opinou sobre tudo o que aconteceu: “No meu entendimento, foi um mal-entendido. Quando eu fui para o reality, eu já estava com afastamento, com problemas psicológicos. E esse afastamento foi deixado com meu advogado. Quando ele protocolou, eu já estava no reality e ele ‘voou’ e não viu a marcação da junta, onde eu precisava estar senão ia contar como crime de deserção”, revelou.

E continuou seu relato: “No final, eu não tive conhecimento, não me avisaram no programa que estava acontecendo tudo isso aqui fora. E também tem uma cláusula no contrato da Record que, em casos médicos, o participante poderia sair. Então, eu tava contando com isso para poder participar da junta médica”, apontou.

Em seguida, Fellipe Villas falou sobre a falha de seu representante: “Não tive dolo de ir para o programa sabendo que poderia acontecer isso. Eu tinha um plano que não deu certo por culpa, possivelmente, do meu advogado anterior, que ‘voou’ no prazo”, afirmou.

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Fellipe Villas
Villas infringiu normas militares para entrar na atração da Record TV
Fellipe Villas foi preso, depois de um mandado ser emitido pelo Tribunal Militar do Espírito Santo
Carta aberta postada nas redes sociais de Fellipe Villas
Equipe de Fellipe Villas, ex-A Grande Conquista, se pronuncia sobre a prisão
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Fellipe Villas, de A Grande Conquista

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Questionado sobre o que sentiu ao receber a notícia da desclassificação, o militar desabafou: “Como se saísse do céu e fosse para o inferno em menos de um minuto. É uma angústia. Não hora você não consegue sentir raiva. Eu ainda falei com o [Rodrigo] Carelli [diretor do programa] ‘poxa, mas faltam 6 dias’. Ainda perguntei se ia perder tudo que ganhei, mas graças a Deus a Record foi muito justa e não perdi”, contou.

Apesar da liberação da cadeia, através de um habeas corpus, Fellipe Villas ainda não está com a situação definida perante à Polícia Militar: “Foi aberto um processo de deserção e tive prisão preventiva. O juiz militar negou o habeas corpus, mas meu advogado fez o pedido direto para o TJ [Tribunal de Justiça], o desembargador aceitou e fui solto”, declarou, antes de completar:

“Contudo vai ter uma audiência, onde vai ser julgado o caso. Posso ser ser exonerado da polícia, posso não ser, posso tomar uma punição. Mas dentro do que eu vejo acontecer, não são muitas pessoas exoneradas por conta disso. Ainda mais que não foi uma situação de dolo, eu não quis, eu estava num lugar vigiado 24 horas, todo mundo sabia onde eu estava. Não estava em di, destino ignorado”, pontuou.

Bruno Tálamo ainda quis saber se há a possibilidade de nova prisão: “Uma vez preso, só se eu cometer outro crime de deserção”, garantiu.

Ao encerrar o assunto a respeito da prisão, Fellipe Villas ainda revelou que ficou com sequelas e ainda pensou em se matar: “Eu acho que o pior ainda está [acontecendo], que é o problema psicológico que vai criando. Tomo antidepressivo, ansiolítico. Depóis que saí da prisão, voltei ao psiquiatra e estou tentando tirar os remédios. Tava tomando 5. Lá dentro, até pensei em tirar minha vida. Tive uma crise de ansiedade e pensei em fazer uma besteira com o cadarço”, confessou.

Veja a entrevista completa

A saída da prisão

Na última segunda-feira (12/8), Fellipe Villas deixou a prisão. O ex-participante de A Grande Conquista estava preso há um mês, acusado de deserção. Na ocasião, a Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) emitiu um comunicado esclarecendo os motivos da detenção. “Não houve amparo legal”, disseram na nota.

“Passando aqui meio grogue de remédio, mas minha gratidão é muito grande pelos comentários. Não vou conseguir responder todo mundo, mas é só gratidão. Emagreci, sofri, sobrevivi e agora tô mais forte”, contou.

No domingo (11/8), Dia dos Pais, Villas recebeu a visita da mãe. “Queridos amigos e seguidores, é com grande alegria que compartilho uma notícia especial com vocês. Depois de tantos dias aguardando ansiosamente, hoje finalmente será o primeiro dia de visita ao meu amado Fellipe”, falou emocionada nas redes sociais.

Na época em que foi retirado do reality da Record, a corporação em que o rapaz servia, se manifestou. “O militar solicitou autorização da PMES para participar do programa de televisão da Record, denominado A Grande Conquista. Por ter menos de 10 anos de serviço, não houve amparo legal para que tivesse a dispensa concedida pela administração pública”, alegaram.

O texto seguiu: “Mesmo assim, o militar ingressou no programa de televisão, que estreou em 22 de abril. Vale destacar que na data de estreia, o militar estava em seu período de férias regulamentares, iniciado em 15 de abril, e deveria ter retornado ao serviço em 15 de maio”.

A PMES afirmou que no prazo final das férias de Villas foi apresentado um laudo psiquiátrico, o dispensando por 90 dias, a partir de 15 de abril:

“Após completado 30 dias de afastamento, como determina a legislação de saúde, o militar foi convocado para avaliação da sua condição mental, pela Junta Militar de Saúde (JMS), todavia não compareceu”, ressaltaram.

A entidade completou: “Em razão da falta injustificada, o soldado Fellipe Villas, encontrava-se em estado flagrancial do crime de deserção, previsto no Art. 187, do Código Penal Militar”.

Villas ainda teve o pagamento de junho suspenso. “No momento essas são as informações disponíveis acerca do fato. Caso haja novidade que possa ser divulgada, enviaremos atualização”, finalizaram.

Busque ajuda

Está passando por um período difícil, assim como Fellipe Villas? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode ajudar por meio do número 188. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo, voluntária e gratuitamente, todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, podem buscar ajuda por telefone, e-mail, chat e Skype, 24 horas, todos os dias.

O Núcleo de Saúde Mental (Nusam) do Samu também é responsável por atender demandas relacionadas a transtornos psicológicos. O Núcleo atua tanto de forma presencial, em ambulância, como à distância, por telefone, na Central de Regulação Médica 192.

Na rede pública da saúde, a assistência psicológica pode ser encontrada nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), hospitais e unidades básicas de Saúde.

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