Outro fã de Taylor Swift morre no entorno do Engenhão
De acordo com o Fala Brasil, da Record, um rapaz de 23 anos foi encontrado desacordado e não resistiu. O caso também será investigado
atualizado
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Os casos de morte de pessoas que estavam nos shows de Taylor Swift no Rio de Janeiro, no último fim de semana, não param de crescer. Mais um jovem de 23 anos foi encontrado desacordado no entorno do Engenhão após a apresentação de segunda-feira (20/11) e não resistiu.
A notícia foi confirmada pelo Fala Brasil, da Record. Segundo a reportagem, o rapaz foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e chegou a ser levado para o hospital. O fã da cantora estava desacordado e com parada cardiorrespitatória. Há a suspeita de que ele tenha sofrido um mal súbito. Veja a reportagem clicando aqui.
No Twitter, os internautas se assustaram com esse novo caso: “Essa mulher já foi embora? Ninguém aguenta mais!!”, disse uma. “Já deu de Taylor aqui no Brasil, né?”, afirmou outra. “Pessoal de São Paulo, cancelem essa m*rda enquanto é tempo”, aconselhou uma terceira. “Que turnê, hein”, escreveu mais um.
No microblog, o prefeito Eduardo Paes negou que o falecimento do rapaz tenha relação com o show: “Antes que divulguem de forma equivocada, o óbito de ontem não tem qualquer relação com o evento, e o paciente tinha problemas de saúde preexistentes”, afirmou.
Laudo preliminar da morte de Ana Clara
Ana Clara Benevides, que morreu na última sexta-feira (17/11), aos 23 anos, enquanto esperada pelo show de Taylor Swift, no Engenhão, zona norte do Rio, tinha pequenas hemorragias nos pulmões. A informação é parte do laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML).
Quem revelou detalhes do caso foi a delegada Juliana Almeida, em entrevista à CNN. Ainda durante a reportagem, a responsável pelo caso contou o que pode causar esse sintoma específico.
“Calor, insolação e desidratação são alguns desses fatores, mas sem o resultado dos exames, não temos como afirmar que seja isso. Agora é prematuro afirmar que a Ana Clara morreu por hipertermia (excesso de calor). Se tudo der negativo, poderemos chegar a conclusão de que foi por causa do calor”, afirmou.
Os testes aos quais que ela se refere são os toxicológicos e histopatológico, que têm previsão para serem entregues em 30 dias. A investigação está sendo feita pela 24ª DP (Piedade).
O velório de Ana Clara foi realizado na segunda-feira (20/11), na Câmara dos Vereadores de Sonora (MS). O sepultamento ocorreu no cemitério da cidade de Pedro Gomes, no mesmo estado onde a moça morava.
Testemunha revelou detalhes da morte
Ao invés de emoção e boas recordações do show de sua ídola, um trauma. Foi assim que Nathalia Bieri definiu o fato de ter testemunhado o atendimento de Ana Clara Benevides, que morreu momentos antes da apresentação de Taylor Swift no Engenhão, na última sexta-feira (17/11).
A moça contou que estava na área VIP e estava muito cheio. Após um tempo, a produção do evento retirou os ventiladores que refrescavam o público e a situação começou a ficar insuportável. Nathalia também relatou que a quantidade de água distribuída pelos organizadores era insuficiente e os copinhos estavam quentes.
Pouco antes do show de Taylor Swift começar, ela contou que começou a passar mal: “Estava quente pra caceta, mas estava tudo bem. Aí, demorou quase uma hora entre o show da Sabrina Carpenter e da Taylor e comecei a perder as forças. Foi aí que comecei a sentir minha perna bamba, fiquei me tremendo e começaram a gritar para me tirarem dali”, recordou.
Quando chegou ao ambulatório, ela contou o que viu durante o socorro de Ana Clara: “A Ana estava na minha frente e desmaiou. Os três caras que me socorreram, ajudaram a colocá-la na maca e começaram a preparar para botar o acesso do soro nela”, relatou.
Nathalia lembrou que depois de desmaiar, ser colocada em uma maca e no soro, e voltar a si testemunhou a situação se complicando: “Quando estavam colocando o soro em mim, eu tava olhando pro lado e ouvi assim ‘parada cardíaca’. E começaram a fazer massagem cardíaca. Eram umas oito pessoas, assim, montadas na menina [Ana Clara], tentando reanimar, com ventilador mecânico, botando acesso, dando adrenalina. Foi muito pesado. A amiga dela tava lá, vendo tudo”.
Ela ainda continuou contando como a cena se desenvolveu: “Não sei quanto tempo foi de verdade, mas eu contei pelo tempo de música que estava passando, foram algumas músicas o povo tentando reanimar menina e nada. Não conseguiram reanimar ela dentro do posto de saúde, colocaram ela na ambulância e levaram ela pro hospital”.
A moça ainda relatou, ainda, que já sabia que Ana Clara não estava viva: “Ela já tinha ido a óbito porque dava pra ver pelo pé: ela é negra e o pé dela tava [da cor de] papel. E, além disso, dava pra ver ela ali deitada, um pouco antes da parada cardíaca, já dava pra ver que ela não tava legal. Ela não piscava, o olho dela tava aberto. E, aí, quando deu a parada cardíaca dava pra ver a cor saindo da pele dela. Foi muito pesado”, contou, emocionada.
No fim, Nathalia contou que foi liberada mesmo sem estar 100% porque o ambulatório estava lotando e com fila do lado de fora. Ao sair, ela contou que ainda estava trêmula e viu muitas pessoas desmaiadas. Nos últimos stories, ela desabafou:
“Tudo o que eu consigo pensar agora é que poderia ter sido eu. Chegamos com os mesmos sintomas, mesma situação. Eu fui melhorando com soro, ela não…Poderia ter sido eu”, afirmou, antes de completar: “Mostrando aqui o quão perto da grade eu tava. Ganhei um UNO e um trauma também”.