Otaviano Costa recebe Fernanda Gentil no Otalab
Durante participação, a apresentadora falou sobre sua saída da TV Globo e a mudança do esporte para o entretenimento
atualizado
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O programa Otalab, que nesta terça-feira (11/7) completa 3 anos no ar e é apresentado por Otaviano Costa, na internet, contou com a participação da apresentadora Fernanda Gentil. Tudo isso dentro de um contêiner cenográfico, mais intimista, mais próximo do público.
Durante sua participação, Fernanda relembrou alguns programas que fracassaram e críticas durante essa transição na Globo. “Não tem um culpado. Eu seria incapaz de dizer foi isso ou isso. É um conjunto de fatores. Foi o período que eu mais fui criticada na minha vida profissionalmente e tudo era culpa minha, as pessoas querem achar um culpado porque é essa a indústria hoje. Ela vai vender manchete se achar um culpado, falar mal e dar porrada nessa pessoa”.
Gentil também falou que faria tudo de novo. “Eu faria tudo isso de novo porque para mim fica a lição. Eu nunca tive a pressa de fazer sucesso nem no primeiro, segundo ou terceiro programa. Quem quer vencer rápido nunca venceu. Eu não saí do esporte para fazer sucesso. Se eu quisesse sucesso eu teria ficado lá. Eu nunca fui tão grande como eu fui no esporte. Meu maior tamanho que eu já ocupei na vida foi dentro do esporte. Eu saí para fazer mais coisas e ser realizada. Abrir outras frentes. Eu fiz tudo isso naqueles tempos de entretenimento e continuo fazendo até hoje”.
Fernanda Gentil também falou que foi uma decisão ‘muito difícil’ o anuncio do fim do contrato com a TV Globo após 15 anos na emissora. “Eu não tava mais pensando em fazer esporte como eu fazia lá e não vai ser. Eu saí do esporte para falar também de esporte, não só de esporte. Chegou um momento que eu não tinha muito mais para onde ir ali dentro e só podia continuar falando disso. Eu saí do esporte para abrir o leque, mas já jamais deixar de falar sobre esse assunto que eu amo, que me formou e realizou”.
Em outubro de 2016, Fernanda Gentil assumiu o relacionamento com Priscila Montandon e estão juntas desde então, relembrando esse momento. “Nunca recebi tanta carta. As pessoas voltaram a mandar carta. E-mails com histórias pesadas, difíceis e bonitas também. Lembro de algumas assim e vidas sendo salvas por essa história. Foi um boom, mas você abre um canal que não se fecha mais, graças a Deus. Em todas as esferas. Como inspiração, referência e coragem. Exemplo não porque eu não quero ser exemplo, mas servir de inspiração. Uma luz no fim do túnel ou uma esperança”.
Fernanda encerrou sua participação comentando o triste episódio da morte da torcedora do Palmeiras. “Eu sou contra as manchetes que tratam essas pessoas como torcedores. Se torcedor entrou em briga, então não é torcedor, não entendeu para o que foi feito aquilo ali, para o que vai para aquilo ali. Na verdade, já vai com essa cabeça, com essa mentalidade, disposto a causar a violência e que pode culminar em uma tragédia como essa”. Fernanda ainda complementou dizendo que quando estava no esporte dava muita notícia dessa. “É muito triste ver que as coisas não mudaram e que ainda continuam acontecendo. Uma menina de 23 anos(…) é muito triste a história toda e quando você humaniza e vê a história por trás daquilo ali, é uma idiotice, uma babaquice”, concluiu.