Nego do Borel é condenado em ação por “destruir” sonho de debutante
A coluna descobriu, com exclusividade, que o caso envolvendo o cantor e sua ausência em uma festa de 15 anos, enfim, ganhou um desfecho
atualizado
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A batalha judicial envolvendo o cantor Nego do Borel e a sua ausência em uma festa de 15 anos finalmente chegou ao fim. Isso porque uma sentença, enfim, foi dada pelo juiz, que entendeu que o artista confessou que não compareceu ao evento ao qual deveria. O funkeiro havia sido processado pela mãe da aniversariante, Cristina Gomes. Além dele, as empresas NB Produções Artísticas e Contrate Artistas Eventos Artísticos também eram rés.
Segundo os autos do processo, que a coluna teve acesso com exclusividade, ficou resolvido que, como Nego do Borel confessou que não foi ao evento, o que acabou valendo foi a multa disposta no contrato assinado pelo cantor, de 50% do cachê. Ou seja, R$ 30 mil.
O cantor deverá restituir os valores pagos e comprovados referentes a um Whisky Black Label, ao seu cachê, ao rider, palco e led. No total, o valor fica em R$ 86.695,00.
Ainda de acordo com os autos, os danos morais também ficaram evidentes para o juiz. Isso porque um sonho foi frustrado por culpa do artista, visto que um show de uma festa de 15 anos não aconteceu e havia sido acordado. O juiz alegou ainda que, além disso, convidados também foram desapontados.
À título de danos morais foram fixados R$ 10 mil para cada autor do processo (mãe, pai e aniversariante), totalizando R$ 30 mil.
Para coroar essa chuva de despesas, Nego do Borel ainda arcará com o pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, em 10% do valor da condenação.
A terceira ré do processo, a Contrate Artistas Eventos Artísticos, foi retirada da ação, já que o contrato que gerou todo o problema envolvia apenas as duas outras partes.
Relembre o caso envolvendo Nego do Borel
Tudo começou quando Cristina contratou Nego do Borel para ser a atração principal da festa de 15 anos de sua filha, no dia 30 de novembro de 2019, no hotel Copacabana Palace, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O dia que tinha tudo para ser inesquecível, no entanto, se tornou um pesadelo. O motivo é que o cantor não apareceu no evento.
Nos autos do processo, Cristina afirmou que fez um contrato com a NB Produções, efetuando o pagamento de metade do cachê de R$ 60 mil. O valor final foi pago com 10 dias de antecedência do evento. Além disso, todas as exigências de Nego do Borel foram atendidas, entre elas: 14 toalhas pretas, dois camarins com buffet do hotel e gastos com a montagem do palco, resultando em mais R$ 30 mil na conta de despesas. No total, o prejuízo total teria sido de R$ 90 mil.
Ainda de acordo com Cristina, o horário previsto para o início do show era 2h da manhã. Às 3h, no entanto, o cantor ainda não havia aparecido. Desesperada, a autora da ação iniciou uma série de ligações para tentar resolver o paradeiro do artista e garantir o sucesso da noite da filha. Até que um homem identificado como “Dentinho” apareceu, se identificou como empresário de Nego e disse que o mesmo estava em São Paulo e não iria se apresentar.
Na petição inicial, Cristina informou que jamais soube o que realmente aconteceu naquela noite e que não havia recebido sequer um pedido de desculpas pelo ocorrido. No processo, ela pediu o pagamento da multa no valor de R$ 30 mil solidariamente por parte dos réus. Além disso, solicitou o pagamento de danos materiais, no montante de R$ 93.239 e danos morais em valor a ser fixado pelo juízo.