“Não estava como sempre”, dispara gerente da boate contra Daniel Alves
Nesta terça-feira (6/2), funcionários da casa noturna testemunharam no julgamento do jogador, acusado de estuprar uma mulher de 23 anos
atualizado
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Nesta terça-feira (6/2), o julgamento do caso de Daniel Alves segue a todo vapor. No segundo dia de audiência, Robert Massanet, um dos sócios da boate Sutton, onde aconteceu o crime, testemunhou contra o jogador, acusado de estuprar uma mulher de 23 anos no banheiro da casa noturna.
“O Daniel era um cliente habitual. Naquela noite, o vi algumas vezes, até me deparar com uma garota chorando. Foi muito difícil para ela explicar o que havia acontecido. Fomos com ela até uma área mais tranquila, sem música, para que pudesse explicar”, disse ao relembrar a noite do episódio.
Robert continuou o relato e contou que encontrou a vítima alterada e, que dado seu estado, tento acalmá-la: “Ela disse que ninguém acreditaria nela. Falou que entrou no banheiro de forma voluntária, mas que depois quis sair e não conseguiu. Perguntei se havia acontecido algo mais grave, e ela disse que sim”.
E continuou dando mais detalhes, frisando que Alves foi apontado pela moça como o agressor sexual enquanto conversavam: “Perguntei se havia tido penetração e ela disse que sim. Ela queria ir embora para casa, mas eu insisti que ela precisava ficar para que ativássemos o protocolo. Ela só repetia que ninguém acreditaria nela”.
O gerente do estabelecimento também foi ouvido. Segundo ele, o atleta não dava sinais de sobriedade. “Não estava como sempre: havia bebido ou fumado algo”, reforçou. Um auxiliar participou das oitivas e, de forma breve, pontuou sobre como encontrou a mulher: “Estava muito nervosa, chorando muito”.
Os três foram as primeiras testemunhas da delação. A previsão é que seja o dia mais intenso do julgamento, totalizando 21 pessoas como testemunhas. É esperado que a audiência dure até três dias.
Daniel Alves foi preso preventivamente no dia 20 de janeiro do ano passado, em Barcelona, na Espanha. Caso seja condenado, o boleiro poderá pegar até 12 anos de prisão, embora a promotoria esteja pedindo 9 anos. Além disso, ele poderá ainda pagar uma multa de 150 mil euros, que equivalem a R$ 783 mil, valor previamente definido pela Justiça, em indenização, a título de danos morais e psicológicos, à vítima.