Monark tem seus canais banidos do YouTube e fala de perseguição
O influenciador usou o Twitter para reclamar que não recebeu nenhuma justificativa do site e os internautas aproveitaram para tirar sarro
atualizado
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Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark, teve seus canais e vídeos banidos do YouTube, na quinta-feira (4/01). A plataforma confirmou a medida e informou que a decisão foi tomada por violações das regras de comunidade da empresa, apesar de não ter dado mais informações.
No comunicado enviado à imprensa, a empresa informou que “todos os criadores do YouTube precisam seguir nossas Diretrizes de Comunidade e, quando aplicável, nossas Políticas de Monetização. Após cuidadosa análise dos referidos canais, verificamos violações a nossas políticas e por isso os canais foram removidos”.
Quando se tenta acessar o perfil, o usuário recebe a seguinte mensagem: “Esta conta foi encerrada por violar os Termos de Serviço do YouTube”. Após ser comunicado sobre a decisão, o influenciador usou sua conta no Twitter para desabafar e falou em perseguição.
“Youtube acaba de deletar todos meus canais permanente, nao bastava banir do Brasil, querem apagar minha existência. O engraçado é que dessa vez sequer me deram alguma justificativa do porque baniram. Teve um lobby poderoso por trás com certeza”, escreveu ele no microblog.
Em julho de 2019, Monark fez uma postagem no microblog afirmando ser capitalista e “dono dos meios de produção”. E como os internautas aproveitam para recordar tudo, desta vez não foi diferente.
“Aprendeu da pior forma que não é detentor de um meio de produção”, debochou um. “Mas você não era detentor dos meios de produção? Cria um YouTube novo e concorre com eles ora!”, afirmou outro. “Isso que dá não conhecer o conceito de Capitalismo. Perdeu os meios de produção?”, questionou um terceiro. “Quando te disseram que você não era o dono dos meios de produção e você se contrapôs e não quis dar ouvidos, era sobre isso”, declarou mais um.
E houve também quem não perdeu tempo em zoar com a situação: “Imagina o quão miserável é a existência de uma pessoa que precisa de canal no YouTube pra existir”, apontou um. “Ninguém quer apagar sua existência mais do que você, com atitudes e comportamentos equivocados. Vai continuar? Assuma as consequências”, disparou outra. “E a liberdade do dono do YouTube de deletar seu vídeo? Você quer obrigar o YouTube a manter vídeos na plataforma dele?”, quis saber um terceiro. “Ufa! Isso faz um bem danado para a humanidade”, desabafou mais um.
Monark teme voltar ao Brasil e ser preso
Monark optou, em setembro, por deixar o Brasil. O podcaster foi cancelado na internet após defender que nosso país deveria ter um partido nazista. À Folha de S. Paulo, Bruno Ayub, nome de registro do youtuber, explicou que se sente um perseguido político.
Monark revelou que está tentando tirar um visto específico para representantes da mídia estrangeira e que acredita que irá para a cadeia se voltar ao Brasil. Mesmo que ainda não haja um pedido formal para sua prisão. “Graças a Deus”, celebra.
No dia 8 de janeiro, Alexandre de Moraes ordenou que Facebook, TikTok e Twitter bloqueassem os perfis relacionados a Monark, “que instigaram e divulgaram os atos criminosos investigados”. Em caso de descumprimento, as plataformas pagariam pena de R$ 100 mil por dia.
Na sequência, ele chegou a receber uma multa de R$ 300 mil, por desobediência a decisão judicial. Por fim, Bruno não poupou críticas ao ministro. Para o youtuber, ele “basicamente se tornou um ditador, um imperador que da cabeça dele qualquer coisa pode sair” e que ele “simplesmente pune você antes de ser julgado”. Além de atuar como “apurador, investigador, promotor, julgador, tudo”.