Mario Frias critica prêmio de Fernanda Torres: “Ideologia esquerdista”
O ator Mario Frias, deputado federal por São Paulo, voltou a atacar o filme Ainda Estou Aqui e a menosprezar a conquista de Fernanda Torres
atualizado
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O ator e deputado federal Mario Frias (PL/SP) usou as redes sociais para fazer uma série de ataques após a vitória inédita de Fernanda Torres no Globo de Ouro. No domingo (5/01), a artista venceu na categoria de melhor atriz de drama. O ex-secretário especial de Cultura de Jair Bolsonaro afirmou que o prêmio para mascarar o “regime autoritário” de Lula.
Mario Frias compartilhou um vídeo em que o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) parabeniza Fernanda Torres pela conquista inédita no Globo de Ouro. O ator, no entanto, disse que a classe artística está comprometida com uma “ideologia esquerdista” e que a premiação tem sido usada para esconder a “ditadura em vigor”.
“A ligação de Lula para parabenizar Fernanda é mais do que uma simples comemoração. Ela simboliza a união entre uma classe artística comprometida com a ideologia esquerdista e um governo que não hesita em utilizar a cultura como ferramenta de desinformação”, escreveu Mario Frias em seu perfil no X, antigo Twitter.
“Em vez de celebrar conquistas reais, o que vemos é uma grande manipulação da imagem para desviar a atenção do povo das questões sérias que enfrentamos”, seguiu o apoiador de Jair Bolsonaro.
O deputado apontou que o prêmio é uma maneira de esconder as “vítimas da ditadura em vigor”. “Eles não estão comemorando a cultura ou a arte, mas utilizando a arte como um meio de legitimar um regime autoritário, mascarando a opressão sob o véu de um prêmio. E o pior: isso é feito enquanto as reais vítimas da ditadura em vigor são ignoradas e desconsideradas”, comentou Frias.
“Peça de ficção”
Essa não é a primeira vez que Mario Frias menospreza a conquista de Fernanda Torres. Nesta segunda-feira (6/01), também no X, ele afirmou que a vitória inédita da atriz, filha de Fernanda Montenegro, representa apenas a “elite artística global” e chamou o filme Ainda Estou Aqui, que narra a vida da família de Eunice Paiva durante a ditadura militar, de “peça de ficção”.
“Isso aí não é uma vitória do Brasil, as pessoas costumam confundir a autopromoção da elite artística global com conquista da nação. O que temos ali é a autobajulação de militantes radicais da esquerda mundial, querendo dar ar de legitimidade a um filme que é uma peça de ficção e desinformação da esquerda brasileira”, começou.
“Um filme que visa distrair o imaginário popular com os perigos de uma ditadura inexistente enquanto essas mesmas pessoas defendem e dão sustentação a ditadura real que está por aí prendendo mãe de família e idosos (…) Que bom que ainda temos no Brasil pessoas capazes de realizarem um juízo de valor moral e entenderem que essas premiações não representam absolutamente nada para a nação, que clama por liberdade, dignidade e prosperidade”, encerrou Mario Frias.
A ligação de Lula para parabenizar Fernanda é mais do que uma simples comemoração. Ela simboliza a união entre uma classe artística comprometida com a ideologia esquerdista e um governo que não hesita em utilizar a cultura como ferramenta de desinformação. Em vez de celebrar… pic.twitter.com/ND8V6Jj1hd
— MarioFrias (@mfriasoficial) January 7, 2025