Manoel Soares alfineta TV Globo: “Jogar tudo no ventilador”
O apresentador contou sobre bastidores da emissora, a relação com Patrícia Poeta e como sua família reagiu às polêmica com seu nome
atualizado
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O programa Otalab, comandado pelo apresentador Otaviano Costa, na internet, recebeu nesta terça-feira (19/9), Manoel Soares. Durante a conversa, o apresentador abriu o jogo e falou da TV Globo. “Não jogo a merda no ventilador pois tenho filhos”, frisou.
Manoel contou que foi o primeiro apresentador negro de um programa exibido nas manhãs da emissora dos Marinho. Ao ser questionado por Otaviano Costa se gostaria de voltar para esse lugar, ele enfatizou que teria que pensar muito bem sobre as regras: “Eu sou o primeiro apresentador de um matinal diário, negro e brasileiro. Eu sou a primeira pessoa a fazer isso. Eu acho que quando eu aceitei entrar nesse jogo, as regras não ficaram explícitas e nem nítidas para mim”.
E completou: “Eu até poderia voltar para esse jogo, mas, hoje, talvez, a minha entrega seria mais reduzida, porém mais qualificada. Eu acho que o desejo, a paixão de fazer, levar para quem está do outro lado, a verdade, do que a gente vive, do que a gente é, me colocou em um lugar de mira, com uma série de franco atiradores que hoje eu me preservaria um pouco mais”.
Manoel Soares lembrou do sofrimento da sua família e o que toda repercussão causou com sua saída da Vênus Platinada. “Minha família sofreu bastante. Hoje as pessoas falam ‘Ah Manoel, por que você não joga as coisas no ventilador? Porque você não fala tudo que você pensa?’ e eu te falo que é pelo mesmo motivo que a minha mãe quando o patrão dela chamava ela de ‘nega fedorenta’ e ela não pegava o pano de chão e jogava na cara dele. Porque? Ela tinha filhos para sustentar. É sobre isso”.
E acrescentou: “Vamos supor que agora eu decida atender os apelos dos veículos de comunicação, jogar tudo no ventilador, xingar, falar mal dos meus antigos colegas de trabalho e dane-se. Beleza! Mas a partir de amanhã eu não trabalho mais no mercado, né?! Só vou alimentar pessoas que querem problema, o mal, e inclusive o meu mal”.
Sobre sua relação com a Patrícia Poeta, sua ex-colega no Encontro, Manoel destacou que jamais falaria de uma mulher. “Ninguém vai me usar para agredir outra mulher, isso é a primeira coisa. Eu jamais aceitaria e admitiria isso. Isso para mim tem nome, é machismo. E eu não vou com a atenção de atender o fetiche, fofoca, boato , o que quer que seja. Eu não vou destruir o chão reputacional que a minha família me ajudou a construir. Eu sou descendente de reis e rainhas e não vou descer do meu nível”.
Manoel Soares ainda ressaltou sobre a oportunidade de fazer parte do elenco de um grande canal: “Eu acho que habitar, ocupar esses lugares é importante, sim. Eu acho que todo mundo tem que fazer isso. Mas eu acho que exige de nós muita tranquilidade. Para mim foi um aprendizado lindo e eu ainda tenho uma carreira linda pela frente e cheia de coisa bacana para fazer.”