Mãe e irmão de Djidja Cardoso lideravam seita religiosa; veja detalhes
A Polícia Civil do Amazonas descobriu que Clausimar e Ademar Cardoso tinham uma seita denominada “Pai, Mãe, Vida”; eles foram presos
atualizado
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A Polícia Civil do Amazonas descobriu que a mãe e o irmão da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, lideravam uma seita religiosa, denominada “Pai, Mãe, Vida”.
De acordo com a investigação, eles eram responsáveis por fornecer e distribuir a substância ketamina, além de incentivar e promover o uso da droga de forma recreativa. Os dois foram presos em Manaus, nesta quinta-feira (30/5), junto com funcionárias do salão beleza Belle Femme, que ajudavam a manter a organização.
Segundo o inquérito policial, Ademar Cardoso (irmão de Djidja) era o líder da seita e acreditava ser Jesus, enquanto sua mãe Cleusimar seria Maria. Djidja Cardoso, que faleceu nesta semana, seria Maria Madalena.
Ademar utilizava o livro “Cartas para Cristo” como um “manual” para suas práticas, defendendo que o uso de ketamina, drogas alucinógenas e meditação poderia levar ao autoconhecimento e experiências espirituais profundas.
Nesta sexta-feira (31/5), os investigadores realizaram uma operação no salão de beleza Belle Femme e apreenderam frascos de ketamina (também escrita como cetamina ou quetamina), um anestésico de uso humano e veterinário que se tornou uma droga ilícita na década de 1980.
A polícia também investiga se há relação entre a morte de Djidja e a atuação do grupo.
Foram alvos da operação: Ademar Farias Cardoso Neto (irmão de Djidja), Cleusimar Cardoso Rodrigues (mãe de Djidja); Verônica da Costa Seixas (gerente do salão); Marlisson Vasconcelos Dantas (cabeleireiro do salão); e Claudiele Santos da Silva (maquiadora do salão).
O irmão de Djidja também é investigado por suspeita em outros crimes como estupro e tráfico de drogas.
A morte de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido
Djidja Cardoso foi encontrada sem vida na manhã de terça-feira (28/5). A moça tinha 32 anos e representou a sinhazinha do Garantido no Festival Folclórico de Parintins entre 2015 e 2020, quando se aposentou da arena.
A morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido causou comoção e acendeu o alerta na polícia, que já investigava a família da moça. De acordo com a polícia, os envolvidos tentaram dissimular provas e se desfazer dos objtos e instrumentos, devido às suspeitas de que Djidja tenha morrido por overdose de ketamina.