Mãe de Jeff Machado pede para não ficar cara a cara com assassino
A coluna teve acesso com exclusividade a passagens da primeira audiência do caso, que aconteceu nesta sexta-feira (27/10)
atualizado
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Nesta sexta-feira (27/10), aconteceu a primeira audiência após o assassinato de Jeff Machado, encontrado morto dentro de um baú enterrado no quintal de uma casa na Zona Oeste do Rio. A coluna Fábia Oliveira descobriu que Maria das Dores, mãe do ator, não conseguiu ficar cara a cara com Bruno Rodrigues, mandante do crime. A próxima audiência está marcada para o dia 11 de dezembro.
“Tanto a mãe do Jefferson quanto o irmão pediram pra prestar depoimento na ausência do Bruno. A mãe do Jefferson fez diversos questionamentos como, por que o Bruno fez isso com o filho dela”, disse Jairo Magalhães, advogado da família do artista, lembrando que os depoimentos foram ouvidos das 13h25 às 20h05.
Ainda de acordo com o profissional da Justiça, foi a primeira vez que Maria das Dores ficou bem próxima de Bruno. “Ele foi retirado da sala de audiências a pedido dela”, ressaltou. Segundo Jairo, no momento que ela depôs, falou em alto e bom som, para que o acusado ouvisse seu desabafo. “Sem sombra de dúvidas o Bruno pôde ouvir da carceragem que fica na parte do fundo da sala de audiências”, prosseguiu o advogado.
Antes da audiência, Maria das Dores relatou a dor que sente pela perda do filho: “Meu coração sangra de dor e saudade. Espero que seja feita Justiça e que eles paguem pelo que fizeram, meu filho não tem volta, mas quero que eles paguem”.
E seguiu: “Não sou eu que vou dizer que mate ou morra, quero que dure mil anos pra sofrer a dor que eu estou sofrendo com a perda do meu filho. Espero que vivam muitos e muitos anos na pena máxima. Eu sei que mãe sofre quando perde, quando tem filho assassino, porque mãe é mãe, mas espero que seja feita Justiça”.
Para a audiência de hoje foram convocadas 19 testemunhas, sendo 18 delas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), das quais quatro não foram localizadas, e outra indicada pela defesa, o investigador principal do caso, que é da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).