Mãe de Isis Valverde faz radioterapia e desabafa: “Tentando acreditar”
Rosalba Nable usou o Instagram, na segunda-feira, para revelar a nova etapa da luta contra um câncer de mama, descoberto há seis meses
atualizado
Compartilhar notícia
Seis meses depois de ser diagnosticada com um câncer de mama, Rosalba Nable, mãe de Isis Valverde, se prepara para uma nova etapa do tratamento. Após passar pela quimioterapia. a pedagoga, advogada e escrivã aposentada vai iniciar a radioterapia e usou o Instagram, na segunda-feira (15/10), para fazer um desabafo e revelar mais detalhes do processo.
“Após 6 meses de luta e resistência, iniciei o percurso para a radioterapia. Serão 15. Durante 3 semanas, de segunda a sexta, no mesmo horário. Hoje fiz a ressonância para que a radioterapeuta possa demarcar os locais por onde as radiações ionizantes (que são um tipo de energia para destruir as células do tumor ou impedir que elas se multipliquem) vão entrar em meu corpo”, começou.
Em seguida, ela relatou como funciona o tratamento: “São feitas marcas com uma caneta apropriada e essas marcas são protegidas com adesivos que não saem com água para garantir que o paciente fique sempre na mesma posição durante a radioterapia. A posição é um pouco desconfortável (braços acima da cabeça), mas é rápido. Essas radiações não são vistas durante a aplicação e me garantiram que não se sente nada durante a aplicação. Ao final, vou dividir com vocês a realidade disso tudo”, disse.
Logo depois, Rosalba Nable falou sobre os seis meses de luta: “O caminho até aqui foi duro, dolorido e muitas vezes me senti destruída mentalmente, sem forças para acreditar que seria possível. E foi possível? Essa pergunta requer uma dupla resposta, o que, ao mesmo tempo, não exclui outras respostas”, apontou.
A mãe de Isis Valverde falou ainda sobre sua reação nos meses anteriores: “Na cirurgia e quimioterapia vivenciei uma longa, escura e assombrada noite. Uma desesperada escuridão que assola e devasta a alma. O diagnóstico de CA se parece com um labirinto onde existem muitas portas, todas misteriosas e tenebrosas. Ou você as abre ou permanece ali, naquele corredor estreito e sem volta. Pois é. Não existe outra escolha, racionalmente inteligente, a não ser seguir”, garantiu, antes de completar:
“A primeira porta conduz a uma câmara de tortura(a cirurgia). A segunda se abre para um depósito de armas (a quimioterapia). A terceira porta, a que abro agora, após 5 meses de dor e medo, abriga flores mas elas estão cobertas de espinhos. Mesmo assim (porque o mundo segue mesmo sem você), é outubro e esse mês anuncia a vida florindo quando isso acabar. Já fica mais fácil e consolador pensar que nada disso vai voltar, nunca mais”, declarou, lembrando da campanha Outubro Rosa, sobre a conscientização da importância do diagnóstico precoce na prevenção do câncer de mama.
No fim, a advogada falou sobre a nova fase do acompanhamento da doença: “Na radioterapia dizem não existir dor, nem agulhas, nem efeitos colaterais agressivos e tem um momento em que precisamos descansar. Creio ter chegado o meu momento de esquecer o intenso sofrimento”, pontuou.
No fim, ela se mostrou esperançosa: “E olhem: meus cabelinhos decidiram começar a querer nascer. É primavera de 2024 em São Paulo. Estou solidamente tentando acreditar que, sim, é possível uma vitória. Seguimos juntas”, encerrou.
Nos comentários, os seguidores enviaram mensagens de apoio: “Já deu tudo certo 😍”, escreveu uma. “Incrível como você passa toda realidade sem querer parecer ser forte. Que a cura seja seu presente para 2024 🙌🙌”, desejou outra. “Você descreveu perfeitamente. É o que as pessoas com o diagnóstico e também os parentes próximos sentem, realmente”, elogiou uma terceira. “Seu relato verdadeiro me emocionou. Quanta dor e sofrimento. Mas é lindo saber que tens vencido as etapas com o sorriso, a resiliência e sabedoria. Tenha certeza da cura, ela é certa!”, postou mais uma.
Desabafo durante a quimioterapia
Rosalba Nable, mãe de Isis Valverde, desabafou sobre o tratamento contra o câncer de mama e relatou que tem passado por dificuldades por conta da doença. No fim de agosto, a pedagoga aproveitou para mostrar o novo visual com a cabeça raspada. Ela foi diagnosticada há seis meses, cortou os cabelos e precisou reconstruir a mama.
“Estou ouvindo muito sobre isso. Em como receber um diagnóstico duro de câncer deve ser olhado com otimismo, como aprendizado, como uma chance de ser melhor. Que se deve ter coragem e força. Que o psicológico é fundamental para a cura e para suportar todo o processo. Tudo isso funciona muito bem na teoria porque, na prática, é bem diferente”, declarou.
Rosalba relatou que estava abalada com o tratamento: “Aqui, pelo menos por enquanto, não terei frases motivacionais, nem aquele depoimento lindo de superação. Não mesmo. E não existem julgamentos aqui, prezo por isso. Cada um é um. Cada um tem o direito de sentir a sua dor do jeito que bem entender”.
Por fim, ela falou sobre o seu caso. “Não está dando pra dizer que esse processo e todas as dores que o envolvem são suportáveis. Admiro, de verdade, quem permanece sorrindo, agradecendo e emanando boas energias. Não sou essa pessoa”.