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Luiza Tomé após polêmica com público LGBT: “Passando por reeducação”

A atriz, que se prepara para voltar às telas em A Caverna Encantada, novela do SBT, bateu um papo com a coluna e falou sobre o caso

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Luiza Tomé
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Luiza Tomé se prepara para voltar às telinhas em A Caverna Encantada, novela do SBT voltada para o público infantil, que estreia no dia 29 de julho. A personagem, bem menos sensual do que as habituais, promete encantar o público.

Em conversa com a coluna Fábia Oliveira, Luiza falou sobre a ida para o SBT, a estreia e deu detalhes sobre a novela. “Acho que ainda não fiz um papel nesse perfil. É um desafio”, contou. Além disso, a atriz abriu o jogo sobre uma fala problemática, dada em uma entrevista no ano passado, que atingiu a comunidade LGBTQIAPN+.

“Acho que não fui entendida… pra falar a verdade, estou passando por uma reeducação importante e necessária”, destacou ela.

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Confira o bate-papo completo com Luiza Tomé:

Luiza, pela primeira vez você está fazendo uma novela no SBT, como tem sido a experiência?
Maravilhosa! Estou muito feliz em trabalhar na emissora. O clima é bom, bem familiar. Já tinha ouvido alguns colegas falarem sobre isso e realmente é um ambiente saudável. Eu estou adorando.

E como é sua nova personagem?
Minha personagem é uma mulher doce. Ela é mãe, amorosa, amada pelas crianças e tenho certeza de que vou entregar para a obra uma mulher que muitas mulheres se identificarão. Acho que não fiz ainda um papel neste perfil. É um desafio. As pessoas esperam de mim papeis fortes usando a sensualidade, um empoderamento mais afrontador. Existe força no amor, na delicadeza, na empatia e esse é um desafio bom que estou assumindo.

E trabalhar rodeada de crianças é um desafio também?
Não, eu amo as crianças! Me divirto com elas! Ainda existe uma menina dentro de mim. E esse trabalho é mais do que trabalhar com crianças: estou trabalhando para as crianças. É uma novela para o público infantil e família. Existe muito valor nisso. É uma responsabilidade além de ser um produto entregue. A emissora entende assim e os profissionais envolvidos também. Muitos programas infantis foram retirados das grades por falta de anunciantes e o SBT vem nessa contramão por realmente se importar com a garotada.

Você acredita que as novelas e a televisão aberta ainda influenciam a sociedade?
Claro que sim! Não só as novelas: os telejornais, filmes, programas e séries. A televisão ainda é o principal veículo que ajuda a formar opinião. Os streamings estão crescendo e tem uma força absurda, mas você acha que toda população tem dinheiro pra contratar um plano de internet que supra essa demanda e também consiga arcar com os valores mensais das plataformas? A TV aberta não é cobrada. As pessoas assistem os telejornais tradicionais. As novelas continuam influenciando na moda, no comportamento, estilo de vida e por aí vai.

Há mais de um ano você deu uma entrevista e suas palavras para alguns da comunidade LGBTQIAPN+ soaram como preconceito, gostaria de falar disso?
Acho que não fui entendida… pra falar a verdade, estou passando por uma reeducação importante e necessária. Jamais tive a intenção de ser preconceituosa, pois não sou. Volto a repetir: estou aprendendo com o novo mundo que temos. Se alguém ficou triste comigo, me perdoe. Em nenhum momento eu quis isso.

Tenho um filho gay maravilhoso, que amo e o acolho para o que der e vier. Como vou ser preconceituosa? Estou sempre atenta. Os tempos mudaram e estou aprendendo sobre isso tudo. Acho que essa compreensão eu mereço, afinal, passei dos 60 anos.

Você acredita que o Brasil é um país preconceituoso?
Claro que é. Uma parte pela intolerância mesmo, e outra por falta de conhecimento também. E não é só com os membros da comunidade LGBTQIAPN+! É muito forte sobre a questão racial, intolerância religiosa e também outros alvos como os nordestinos. Eu sou uma nordestina que não sofri na pele o que uma parte sente quando vem para o sudeste. O povo sofre muito. Pra combater isso no sistema, temos que começar a combater equívocos que moram dentro da gente, na casa da gente, e são naturalizados.

Como falei, tenho buscado isso, e não é sobre conduta para um bom convívio, não. Estou falando de busca por evolução mesmo. Nós precisamos disso.

Fazer novela no SBT é diferente de fazer novela na Globo?
O endereço dos estúdios é diferente. De resto, sou feliz e atendida profissionalmente da mesma forma no SBT, como fui na Record. Tenho muita gratidão pela Rede Globo, ela apostou em mim quando ninguém me conhecia, me deu oportunidades com papeis incríveis e fiz muita coisa por lá. Mas sou bem recebida no SBT, como fui super bem recebida na Record.

Não escolho emissoras, eu me apaixono por projetos. Um bom roteiro, um personagem que eu possa performar bem e uma produção que atenda às necessidades pra eu fazer o trabalho: essa é minha escolha.

O advento do streaming te assusta?
Eu quero mais é que tenham mais plataformas de Streaming! Assim eu e meus colegas vamos ter mais trabalhos em séries, filmes e projetos de audiovisual. Os Streamings não vão substituir as televisões, da mesma maneira que o Spotify não substituiu o serviço que a rádio entrega para a sociedade. Sou uma mulher antenada também, a tecnologia não me assusta. O novo me surpreende, mas não me assusta.

O que podemos esperar da novela “A Caverna Encantada”?
Uma história linda, cheia de bons valores, bem levinha e divertida pra trazer uma mensagem bacana para a criançada e toda a família. As crianças são muito talentosas, dedicadas e todo mundo está fazendo a sua parte com muito zelo e carinho. Tenho certeza de que o telespectador vai sentir isso já no primeiro capítulo.

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