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Luiza Brunet “dá aula” e muda rumo de ação contra ex na Justiça

A coluna descobriu, com exclusividade, novos desdobramentos na batalha judicial entre a ex-modelo e Lírio Parisotto; saiba detalhes

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Luiza Brunet
1 de 1 Luiza Brunet - Foto: Reprodução

A coluna Fábia Olivera noticiou, com exclusividade, que Lírio Parisotto se defendeu na ação de indenização movida por Luiza Brunet. Pois bem. Agora, descobrimos, também em primeira mão, que a ex-modelo especificou, em março deste ano, as provas que pretende usar para fazer cair por terra a defesa de 79 páginas do ex-marido.

Logo de cara, um ponto que chama a atenção é que a defesa da morena afirmou que o valor pleiteado por ela, de R$ 1 milhão, fica até mesmo distante daquele que, de fato, ela poderia ter solicitado na demanda. Isso porque o próprio processo criminal, no qual Parisotto foi condenado, deixaria clara a dimensão dos danos que ele causou a Luiza.

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A empresária defende pautas femininas
Luiza Brunet
Yasmin é filha de Luiza Brunet
Luiza e Yasmin Brunet
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Vale lembrar que Brunet foi vítima não só de violência física, mas também de múltiplas agressões verbais, sendo humilhada, conforme relatos do processo, em várias oportunidades. Além disso, a capacidade econômica de Lírio foi trazida à tona. Vale lembrar que estamos falando de um homem considerado um megainvestidor, dono de uma fortuna bilionária.

Luiza Brunet destacou também que ela, antes de tudo, era uma marca. Sabemos que parece confuso, mas ela mesma explica: seus ganhos sempre tiveram ligação com seu local no mercado, seu posicionamento e a forma como a sociedade a via. Lírio, então, teria violentado não apenas o corpo e a alma de Brunet, mas a “marca Luiza Brunet”.

Além dos já exaustivamente repetidos danos físicos, o bilionário acabou por afetar, segundo a acusação, sua marca e seu desempenho profissional. Com isso, houve um processo de reformulação do próprio trabalho de Luiza Brunet. Antes do episódio de violência, a mãe de Yasmin Brunet afirmava ser ligada à feminilidade, corporalidade, estética, moralidade e estilo de vida.

Após todo o ocorrido, ela perdeu um lugar de mercado, o que impactou, seguindo a lógica, seus bolsos. Uma sabotagem do mercado que é típica com mulheres que são vítimas de violência doméstica, diga-se de passagem.

De forma corajosa e sem baixar a cabeça, Brunet rebateu as acusações de Lírio e afirmou que o sucesso ao qual faz jus depende única e exclusivamente dela, seus esforços e talentos.

Enquanto isso, segundo ela, Lírio teima em repetir a narrativa de que o sucesso de Luiza se deu por sua causa. Ou seja, com o trabalho que ela realizou e o papel que passou a ocupar após a violência sofrida.

E é nesse momento que Brunet demonstra não ter medo da briga. Ela pediu que seja nomeado um perito economista capaz de avaliar minuciosamente o impacto sobre sua marca e imagem causado pela agressão de Lírio. Ou seja, o quanto ela foi impactada em termos de lucro e impacto midiático, quantos contratos foram perdidos e o prejuízo em oportunidades de negócio.

Quanto a Lírio Parisotto, foi pedido que ele, considerado “um dos homens mais ricos do Brasil”, prove sua situação financeira real para a Justiça. Luiza se propôs a oferecer os mesmos documentos sobre sua vida.

É, meus caros, Luiza Brunet pode ter sido, de forma desleal e inadmissível, levada ao chão. Hoje, a Justiça testemunha a musa se reerguer e, de peito aberto, encarar, frente a frente, um dos homens mais poderosos do país.

Como de praxe em uma coluna formada por mulheres e que apoia a causa abraçada por Luiza, lembramos: se você é vítima de violência doméstica, não recue, não tema, disque 180. Todo e qualquer tipo de violência é inadmissível e repudiado pela Coluna Fábia Oliveira.

Entenda a defesa de Lírio Parisotto

Sete anos após a condenação do empresário Lírio Parisotto em primeira instância por ter agredido a ex-modelo Luiza Brunet, o caso ainda gera repercussões na Justiça. Desta vez, não na área criminal, mas sim na área cível. Após Brunet pedir a quantia de R$ 1 milhão de indenização pela violência sofrida, o réu apresentou a sua defesa. O documento tem 79 páginas.

Logo de início, a defesa de Lírio diz que Luiza Brunet foi incapaz de comprovar que sofreu, de fato, os danos alegados. Ou seja, ela sequer teria apresentado um único documento que atestasse que teve despesas médicas com o ocorrido, ou gastos com tratamentos de saúde psiquiátrica, que perdeu contratos ou coisas afins. Ela teria dito que chegou a passar por cirurgias, mas não apresentou documentos, segundo a defesa de Parisotto, que respaldem a alegação.

Em outro ponto, a defesa trata da afirmação de Luiza de que, após a violência, não há uma aparição em que o episódio não seja objeto de pauta ou venha à tona. Contudo, Parisotto, por meio de seus representantes, diz que é a própria Brunet que costuma levantar esse assunto, por livre e espontânea vontade.

Diz, ainda, que mesmo o processo criminal – que já se encerrou – tendo sido coberto pelo segredo de Justiça, a mãe de Yasmin Brunet fazia questão de “gritar aos quatro ventos” os detalhes do que havia ocorrido.

Em determinado momento, um cuidado é demonstrado na narrativa do réu. Os advogados dizem reconhecer que a violência doméstica deve ser combatida e “ponto-final”. Contudo, falam que o pedido da vítima – Luiza – nada mais é do que uma tentativa de enriquecer, sem causa, no meio de toda essa trágica história. Outra coisa dita na defesa é que a modelo utiliza suas contas sociais para atacar repetidamente Lírio.

O que, em outro momento, mais parece uma alfinetada, é a afirmação de que a exposição de Luiza Brunet na mídia já estava perdida no que tange à sua profissão há tempos. Nesse sentido, o ato de “abraçar a causa da luta contra violência doméstica” e falar exaustivamente sobre o tema seria uma forma de manter uma relevância pública. Novamente, a tese defendida é que ela é quem faz com que o fato da agressão não seja pulverizado pelo avançar dos calendários.

Um outro problema apontado é o fato de Luiza Brunet não ter conseguido especificar o quanto seria devido por danos materiais, separando-o do valor a ser pago por danos morais. Essas, segundo o direito, são categorias distintas. O alto valor pedido, de R$ 1 milhão foi amplamente questionado.

As alegações de Lírio são diversas e se espalham por dezenas de páginas. Ele desmente a afirmação de Luiza de que danos foram provocados e diz que a ex-modelo restou brevemente “intacta, impecável e belíssima, como sempre”, e questiona como o episódio afetou sua carreira. Dessa forma, nega a necessidade de pagamento de indenização, tanto por danos materiais quanto por danos morais.

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