Leonardo Miggiorin descarta rótulo de bissexual: “Gay desde que nasci”
O ator abriu o coração a sua sexualidade e falou sobre o processo de aceitação: “Não tenho nada a esclarecer, porque não acho necessário”
atualizado
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O ator Leonardo Miggiorin, que está no ar na reprise de Mulheres Apaixonadas interpretando o Rodrigo, abriu o coração sobre a sua sexualidade. O artista, que namora o produtor João Victor Amado, falou sobre o processo de aceitação e dos rótulos que a sociedade insiste em colocar as pessoas.
“Não quero ficar a cada entrevista mudando de letra. E estou, sim, disposto a dizer que sou gay e está tudo certo. É esse o meu posicionamento e a minha experiência agora. E não tenho nada a esclarecer, porque não acho necessário. Mas sou gay. Sou gay desde que nasci, desde pequeno, desde que comecei a me entender como pessoa”, contou ele em entrevista ao Gshow.
Leonardo Miggiorin criticou a necessidade que as pessoas têm em rotular umas as outras. “Acho que os rótulos são limitantes e geram uma polêmica desnecessária. Já tive experiências com homens e com mulheres, e a minha conversa com meus pais foi essa desde o início. Não estou preocupado com qual prateleira vão me colocar, mas parece que a gente precisa se encaixar, né? Então, preciso me limitar, porque pode acontecer uma enxurrada de comentários a partir disso. E se eu namoro um homem hoje, sou gay”, explicou.
O ator, que só tornou a relação pública em maio deste ano, comentou sobre ter aberto a situação. “Com as redes sociais, a comunicação se ampliou e vai ampliar ainda mais. E, com isso, é preciso que você seja mais verdadeiro. Até então, era como se eu tivesse me anulado a ponto de não poder incluir alguns aspectos da minha história”, pontuou.
Na sequência, Leonardo Miggiorin completou: “Dos meus 20 anos para hoje, tenho um certo pesar porque deixei de construir muitos vínculos com medo de expor minha intimidade. Como você cria uma amizade, se não expõe a troca de experiências e vivências?”, refletiu.
O artista ainda falou sobre o seu processo de aceitação. “Já passei por situações de estar conversando com alguém, de ouvir coisas íntimas do outro, e não conseguir contar das minhas coisas. E olha quantas chances perdi, ao longo da minha vida, por não me autorizar a me abrir”, acrescentou.
E continuou: “O processo de me autorizar foi inevitável. Era perder tudo ou começar a me permitir. Foi um processo de libertação e de reconstrução da autoestima. Porque quando você cresce de uma forma fragmentada, não me permitia mostrar determinados aspectos da minha vida. E isso ficou arraigado na minha cabeça e não conseguia olhar”, falou Leonardo Miggiorin.