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Léo Moura relembra clima no Flamengo após prisão do goleiro Bruno

Ex-jogador de futebol, que era capitão do time rubro-negro na época, definiu a situação como “um dos momentos mais tristes” da sua carreira

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O ex-jogador do Flamengo Léo Moura participou do podcast Bulldog Show, apresentado por Tuka Carvalho. Durante a entrevista, ele relembrou o clima nos bastidores do clube rubro-negro no dia em que o goleiro Bruno foi preso. “Foi um dos momentos mais tristes da minha carreira”, declarou.

“O Bruno era um cara muito tranquilo com todo o grupo. Lógico, que ele tinha o jeito dele, de um dia chegar, falar, cumprimentar, brincar com todo mundo. No outro dia, chegava mais quieto. Quando a gente recebe a notícia do que tinha acontecido, todo mundo ficou em choque. Ninguém acreditou. Não é possível, o cara tá aqui todo dia, é mentira e tal. Esse era o sentimento. A gente colocou isso na cabeça, porque não conseguíamos acreditar”, completou.

Léo Moura, que era o capitão do time na época, contou que ninguém conseguia acreditar no que estava acontecendo. “Quando foi confirmado o que aconteceu, o envolvimento dele e mais as outras pessoas, sabe quando você chega no treino e tá todo mundo paralisado? E você treina com aquilo na cabeça… Porque uma hora o cara tava ali, outra o cara tá preso”, falou.

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Em 2013, Bruno foi condenado a 20 anos e 9 meses pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho, em 2010
Em 2017, a pena foi reduzida para 20 anos e 9 meses
Bruninho é filho do ex-goleiro Bruno, acusado de mandar matar a sua mãe, Eliza Samudio
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Montagem: Leo Moura fazendo coração (à esquerda) e goleiro Bruno na época que defendia o Flamengo (à direita)

Buda Mendes/Getty Images
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Em 2013, Bruno foi condenado a 20 anos e 9 meses pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho, em 2010

ALEX DE JESUS/O TEMPO/ESTADÃO CONTEÚDO
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Em 2017, a pena foi reduzida para 20 anos e 9 meses

Marcelo Albert/TJMG
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Bruninho é filho do ex-goleiro Bruno, acusado de mandar matar a sua mãe, Eliza Samudio

Reprodução/ Instagram

O ex-jogador ainda revelou detalhes do momento em que foi convocado para depor a favor de Bruno. “O advogado de defesa pediu e aí foi eu, Zico, que era diretor na época, a Patrícia Amorim, que era presidente do clube, e o Paulo Victor [goleiro], que era amigo e quem emprestou o apartamento para o Bruno. A gente teve uma folga e o Paulo Victor era da cidade de Assis, aí ele falou que ia para a cidade dele, que ia ficar uma semana e que o Bruno poderia ficar no apartamento dele sem problema nenhum, porque o Bruno não iria pra BH. Foi aí que ele conheceu a Eliza”, explicou.

Léo relembrou: “Fomos lá depor e o advogado falou que poderíamos falar com ele na cela antes, mas eu não tinha coragem e nem força para isso. O cara até então era meu companheiro, meu parceiro. Ele era um cara realmente muito tranquilo. Bruno não tinha nada de comportamento agressivo. Fui lá dei meu depoimento e depois não tive mais contato. Foi um momento muito triste”.

Para o atleta, o goleiro era diferenciado. “E assim, a gente perdeu um grande talento. Joguei com grandes goleiros, como o Rogério Ceni e Fábio, mas igual a ele nunca vi. Era nível A, Seleção, nível Europa, clube grande. Não foi fácil digerir isso não”, disse.

Bruno foi condenado em 2013 a 20 anos e nove meses de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver da modelo e ex-namorada Eliza Samudio, desaparecida em 2010 aos 25 anos. Desde 2019, o ex-atleta cumpria regime semiaberto domiciliar e, em janeiro deste ano, recebeu liberdade condicional pela Justiça do Rio de Janeiro.

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