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Leila Sterenberg quebra o silêncio após demissão da Globo

Jornalista, que foi uma das vítimas do passaralho que pegou a emissora nesta semana, fez um longo desabafo nas redes sociais

atualizado

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Leila Sterenberg
1 de 1 Leila Sterenberg - Foto: Reprodução

Leila Sterenberg quebrou o silêncio após a sua demissão da Rede Globo nesta semana. A jornalista da GloboNews estava na emissora há 25 anos e fez um longo texto de desabafo a respeito do tempo que esteve na casa.

“Essa foto é do meu último Especial de Domingo. O resto da minha vida começou ontem, quando passei o crachá pela derradeira vez na catraca da emissora, no Jardim Botânico. Me emocionei com as inúmeras manifestações de carinho, nessa despedida, por parte de amigos, companheiros de trabalho e desconhecidos, que me escreveram por aqui e por outras redes. Obrigada”, começou escrevendo.

A jornalista agradeceu os ex-colegas e relembrou alguns trabalhos na emissora. “Obrigada também a meus (agora ex) chefes e colegas, por terem proporcionado que eu fizesse tantas coisas nessas últimas décadas. Aprendi alemão pra fazer os programas sobre ‘o país da Copa’ de 2006. Fiz a linda série ‘Um Século Arquitetura’, em 2007. Outra com sobreviventes do Holocausto, em 2009. Um Especial na Polônia em 2011 e, no mesmo ano, a cobertura da Europália em Bruxelas (sozinha com uma câmera, microfone e tripé)”, falou.

Leila continuou: “Em 2012, a aventura foram vários programas e matérias pro ‘Ano da Alemanha no Brasil’ (com entrevistas no idioma). Em 2014, fiz uma grande reportagem sobre o primeiro genocídio do Século XX, na Namíbia. Em 2016, dirigi ‘Cartas da Bessarábia’, doc no GloboPlay (vejam!). Em 2015 e 2017, fui à França pra dois Cidades e Soluções sobre a COP e a One Planet Summit (novamente só minha câmera e eu)”.

E completou: “Em 2021, a convite do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico, fui, junto com cientistas políticos de uns 10 países, observadora das eleições (que cobri com um celular e um tripé de blogueira). No ano passado, em 8 dias no Japão (com o mesmo “equipamento”), fiz duas reportagens, entradas ao vivo (Japão na Copa!) e um Cidades. Fora que minha loucura por línguas seguiu adiante: aprendi italiano suficiente pra traduzir o Papa e meu russo incipiente rendeu uma entrevistinha este ano”, escreveu.

Com tanta experiência, Leila Sterenberg brincou sobre ter se tornado uma “profissional razoável” e aproveitou para dizer que já está planejando novas aventuras.

“Acho que me tornei uma profissional razoável e fiz amigos maravilhosos, além de ter podido trabalhar com alguns do melhores jornalistas do nosso país. Muito orgulho. E vamos que vamos. Já estou inventando os próximos episódios dessa saga. Chag Pessach Sameach atrasado (que o mar se abra na minha travessia!) e Boa Páscoa (com o renascimento de que todos precisamos). Um abraço apertado a todos os que aqui me lêem, com essa minha energia que ‘nunca desliga'”, encerrou a jonalista.

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metropoles.comFábia Oliveira

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