Justiça trava seguro deixado por Gugu Liberato para os três filhos
A seguradora, de acordo com o site Notícias da TV, depositou o valor em conta bancária judicial por causa de outras questões pendentes
atualizado
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Um seguro de assistência de viagem deixado por Gugu Liberato para os filhos está bloqueado pela Justiça. Segundo o site Notícias da TV, a empresa responsável pelo contrato depositou o valor de 30 mil dólares (quase R$ 149 mil na cotação atual) em conta bancária judicial.
Ainda de acordo com a instituição responsável pelo pagamento do benefício, não há como saber quem seriam os beneficiários do comunicador por causa de duas ações que correm em segredo de Justiça. Nada pode ser retirado desta conta até o fim do processo de inventário.
Por causa desse imbróglio nos autos, o valor da proteção deve se juntar ao inventário de Gugu Liberato, que deixou patrimônio estimado em R$ 1 bilhão para os herdeiros.
Ao portal Notícias da TV o advogado Nelson Wilians, representante de Rose Miriam e das gêmeas Sofia e Marina Liberato, afirmou que “o dinheiro do seguro de vida será enviado para o inventário e no momento oportuno será dividido entre os filhos [João, Marina e Sofia]. Se Rose Miriam tiver a união estável com o Gugu reconhecida, também terá direito”.
O valor de 30 mil dólares é referente a um seguro viagem firmado pelo apresentador sete meses antes de morrer. Na papelada, assinada com a empresa Starr Internacional Brasil Seguradora S/A, ele solicitou indenização para caso de acidentes ou morte durante viagens, mas os beneficiários não foram elencados.
Para resolver a questão do pagamento, ainda segundo o portal de notícias, a empresa moveu uma ação no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para saber quem receberia o valor devido. A juíza Renata Manzini, da 37ª Vara Cível, então, determinou que os dólares deveriam ser convertidos na cotação da data da morte de Gugu Liberato, em 21 de novembro de 2019.
No dia do acidente do apresentador, o dólar estava valendo cerca de R$ 4,25. Com essa decisão judicial, o seguro está estipulado em R$ 127 mil. Mas como os herdeiros moram atualmente nos Estados Unidos, pode ser que a indenização seja paga na moeda corrente do país.
A Starr Internacional mencionou nos autos que Rose Miriam Souza Di Matteo, Sofia, Mariana e João seriam os beneficiários.
Detalhes da primeira audiência sobre os bens
Brigando pela herança de Gugu Liberato, que morreu em 2019, seus filhos estiveram na primeira audiência que decidiu sobre os bens do apresentador, no fim de maio do ano passado, na 9ª Vara de Família e Sucessões do foro Central de São Paulo.
Rose Miriam di Matteo, que afirma ter tido união estável por mais de 20 anos com o artista, foi ouvida juntamente com os três filhos do casal, as gêmeas Marina e Sofia, de 19 anos, e de João Augusto, de 21 anos. Porém, o primogênito se manteve em silêncio.
No testamento deixado por Gugu em 2011, Rose Miriam não teve a sua união estável reconhecida pelo artista. Ele nomeou Aparecida Liberato, sua irmã, como a responsável por cuidar de seu espólio. Ele deixou 75% dos seus bens para os filhos e 25% para os seus sobrinhos. A fortuna está estimada em torno de R$ 1 bilhão.
A mãe dos herdeiros contestou a decisão de Liberato e entrou com ação na Justiça. Caso ela ganhe, poderá embolsar a metade da herança, uma vez que os outros 50% deverão ser encaminhados, obrigatoriamente, aos filhos.
“As gêmeas Marina e Sofia sempre estiveram ao lado da mãe na busca dela pelo reconhecimento de união estável na Justiça. Todos os elementos comprovam que Rose e Gugu mantinham uma relação pública, notória, duradoura, contínua e com objetivo de constituir família. Reafirmamos acreditar que, a cada dia, estamos mais próximos de vermos a justiça ser feita”, disse o advogado Nelson Wilians, que representa Rose e as meninas.
Já Aparecida e João são representados pelo advogado Dilermando Cigagna, que não comenta o caso, já que o imbróglio segue em segredo de justiça.
Segundo o G1, o processo dividiu a família, uma vez que João apoia a tia, e as irmãs estão ao lado da mãe. Durante a semana, o juiz dará continuidade às oitivas e ouvirá novamente as partes e as testemunhas.