Jornalista revela demissão após denunciar assédio de diretor da Record
Rhiza Castro, ex-apresentadora da Record News, gravou um vídeo onde contou que moveu ações contra o diretor e contra a emissora; assista!
atualizado
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Rhiza Castro, ex-apresentadora da Record News, gravou um vídeo onde revelou ter sido assediada por um diretor da emissora. A jornalista contou que, dois dias após fazer a denúncia no RH, acabou desligada da empresa. Segundo ela, o profissional é casado e a esposa dele também trabalha na casa.
Devido a situação, Rhiza contou que decidiu acionar a Justiça e moveu dois processos, sendo um trabalhista contra a Record e um criminal contra o diretor.
“Hoje venho usar as redes sociais para falar de um assunto muito triste pra mim. A minha saída da empresa em que trabalhei como apresentadora em vários jornais em rede nacional. Eu sofri assédio sexual e retaliação por não ceder, no período de quase um ano. Quando eu já não tinha mais saúde para suportar o terror que estava vivendo, decidi denunciar o caso ao RH. Resultado: fui demitida dois dias depois da denúncia”, contou ela.
E completou: “Com isso, estou movendo um processo trabalhista contra a empresa e criminal contra esse monstro que me assediou, na maior cara de pau, sem nem se sentir inibido com a esposa trabalhando no mesmo local. Não aceitem isso! Não ao assédio”, escreveu.
A coluna soube que Rhiza ganhou em partes o processo trabalhista, mas ainda cabe recurso. Já no caso da ação criminal, o diretor fez um acordo de transação penal, no qual o acusado aceita cumprir pena antecipada de multa ou restrição de direitos e o processo é arquivado. Os processos estão em segredo de Justiça.
Procurado pela coluna, o advogado Thiago Anastácio, que representa a jornalista, disse que: “A Justiça do Trabalho afirmou, por sentença, que Rizha sofreu assédio sexual. A Justiça criminal, por questões de política criminal, tem legislação que permite a suspensão do processo caso o acusado pague para não ser processado. E ele pagou. Fica a lição, por mais que a defesa do acusado tenha afirmado que os graves fatos que caracterizaram o assédio fossem brincadeiras aceitáveis no ambiente de trabalho, eles não são aceitáveis! Que a empresa e a sociedade em geral entendam que o que antes era uma brincadeira de homens toscos, velhacos, agora é ilícito grave”.
Já a Record, não se pronunciou sobre o caso envolvendo a jornalista.