Igor Viana está proibido de usar a web para pedir doações para a filha
O influenciador assumiu que usava o dinheiro arrecadado nas redes sociais para ajudar Sophia, de dois anos, em benefício próprio
atualizado
Compartilhar notícia
Igor Viana, que estava preso acusado de estelionato desde o início de agosto, foi solto nesta quarta-feira (4/9). O influenciador assumiu que usava o dinheiro arrecadado nas redes sociais para ajudar a filha, Sophia, de dois anos, em benefício próprio. A menina tem paralisia cerebral e estaria sofrendo maus-tratos.
De acordo com o G1, a delegada Aline Lopes informou que o rapaz está proibido de usar a web para pedir doações em nome da criança:
“O banco não respondeu à quebra de sigilo de forma completa, fizemos um novo pedido, que foi autorizado pelo juiz, mas ainda não foi finalizado. O juiz entendeu que ele não deveria ficar preso até esse resultado, que deveria aguardar em liberdade, por se tratar de prisão preventiva”, explicou.
A defesa de Igor Viana, representada pelos advogados Daniel Louredo Cardoso e Gilmar Cândido da Silva, alegou que a prisão preventiva de Viana foi indevida, uma vez que ele não chegou a ser indiciado ou denunciado, colaborando com a investigação.
Igor Viana e a mãe de Sophia, Ana Vitória, são investigados por estelionato, desvio de proventos de pessoa com deficiência, discriminação de pessoa com deficiência, constrangimento de criança e maus-tratos. A menina está sob a tutela da avó paterna.
Leia a nota da defesa de Igor Viana na íntegra:
A defesa da Sr. Igor Viana, vêm por meio desta prestar esclarecimento sobre a soltura do acusado.
Conforme ressaltado desde o inicio das acusações, não havia motivo para a prisão preventiva de Igor, já que o mesmo não foi indiciado ou denunciado e colaborou com toda a investigação. A autoridade policial de forma açodada pediu a prisão preventiva de Igor por quatro vezes, sendo que as três primeiras foram negadas, por ausência de requisitos para prisão preventiva.
A quarta representação pela prisão preventiva foi atendida e o mesmo foi preso de forma preventiva, mesmo sem a conclusão do Inquérito Policial.
Como a legislação Penal e processual Penal impõe regras para a conclusão de inquéritos policiais quando o acusado está preso, a autoridade policial, apesar de afirmar no pedido de prisão preventiva que havia elementos mais que suficientes para indiciamento de Igor, não conseguiu reunir provas e concluir o Inquérito no Prazo de trinta dias.
Diante do excesso de prazo para a conclusão do inquérito policial, a defesa de forma convicta requereu o relaxamento da prisão preventiva, que se tornou ilegal diante do excesso de prazo para conclusão do inquérito policial, que foi prontamente reconhecido pelo poder judiciário.
Por fim, a defesa espera que a partir desse momento, as investigações sigam de forma imparcial e técnica, sem que o inquérito seja utilizado para exposição midiática, ressaltando que a defesa e o acusado está a disposição para qualquer esclarecimento.