Humorista rebate acusação de envolvimento com falsa doação de Nego Di
Eduardo Christ, mais conhecido como Badin, o Colono, gravou um vídeo falando sobre o caso após ser chamado de “bandidin” na web
atualizado
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O escândalo sobre a revelação de que Nego Di mentiu sobre as doações que fez ao Rio Grande do Sul, feita pelo Ministério Público, não atingiu apenas o ex-BBB, que está preso após uma investigação por fraude e lavagem de dinheiro com rifas. Eduardo Christ, mais conhecido como Badin, o Colono, se manifestou nas redes sociais após ser chamado de “bandidin” na web porque a suposta entrega de R$ 1 milhão teria sido feita a uma vakinha virtual divulgada por ele.
O humorista resolveu falar sobre o caso depois de receber uma enxurrada de críticas: “Sabe o que tem em comum em todos esses comentários? São pessoas que não seguem, que nunca acompanharam nada e tão vindo aqui xingar! Mais uma vez vou deixar aqui o link com todos os repasses feitos até agora”, escreveu ele na legenda de uma publicação.
Badin também gravou um vídeo para rebater as acusações que estão fazendo contra ele: “Durante as enchentes, ele [Nego Di] ajudou muito na divulgação de muita coisa e teve um dia que ele me chamou e falou: ‘Cara, quero doar R$ 1 milhão para Vakinha’. Eu falei: ‘Maravilhoso, perfeito”. Meu deus, por que eu vou negar uma doação? Falei: ‘Cara, mete bala'”, começou.
E continuou explicando: “Ele falou que a doação ia entrar em partes, ele me mandou o comprovante, eu postei e agradeci porque eu estava feliz mesmo. Galera, teve dias que foram mais de R$ 10 milhões na vaquinha, eu não tinha como ficar acompanhando se o que ele havia falado que seria feito entrou ou não”, afirmou o Colono.
Em seguida, o humorista contou que não teve qualquer contato com as doações: “O dinheiro dessa vez foi totalmente administrado pelo Instituto Vakinha. As demandas chegavam até a mim, eu repassava para eles, e eles destinavam. Não tinha como eu saber se a doação dele entrou ou não”, repetiu, antes de completar:
“Eu não estou aqui para falar mal de ninguém, tá? Porque durante as enchentes, o papel dele foi muito importante, ele ajudou muita gente, ele fez muita coisa, ele ajudou a divulgar a vaquinha”, declarou.
No fim, Badin contou o motivo de ser se manifestado nas redes sociais: “Só vim esclarecer porque estão me cobrando se a doação aconteceu ou não. Foi essa a conversa que eu tive com ele. Sobre as saídas do dinheiro e os repasses, tem uma planilha que está sendo atualizada pelo Instituto Vakinha”, encerrou.
As acusações contra Nego Di
Na última sexta-feira (19/7), o Ministério Público (MP) informou que Nego Di mentiu sobre as doações que fez ao Rio Grande do Sul. O ex-BBB afirmou ter disponibilizado R$ 1 milhão, de recursos próprios para ajudar as vítimas das regiões afetadas pelas enchentes.
No entanto, ele só transferiu R$ 100, como constatado pelo MP, depois de quebrar o sigilo das contas bancárias do famoso.
“Galera, gostaria de compartilhar com vocês uma decisão que a gente tomou aqui em casa hoje, minha patroa e eu. A gente conversou bastante, e eu fiz uma escolha que não foi fácil, confesso para vocês, mas a gente fez essa escolha de coração”, disse na ocasião.
Nego Di ainda completou: “Decidi doar R$ 1 milhão para o Rio Grande do Sul. Mandei R$ 1 milhão para a vaquinha do meu parceiro Badin [Colono], que já estava em R$ 50 milhões. Eu sou um destes R$ 51 milhões”.
O comediante usou as redes sociais para criticar alguns famosos como como Xuxa Meneghel, Mitico e Igão, do PodPah, cobrando um posicionamento deles com relação a tragédia no Sul do país. Vixe…
A prisão do ex-BBB
No último domingo (14/7), Nego Di foi detido em Jurerê, Santa Catarina. O ex-BBB que está sendo investigado por lavagem de dinheiro através de rifas virtuais, prática proibida, já respondia por estelionato desde 2022. A Polícia Civil decretou prisão preventiva por suspeita de lesar seguidores em R$ 5 milhões.
A suspeita é que o humorista tenha dado um golpe em 370 pessoas, depois de anunciar produtos numa loja virtual, onde é sócio, Tadizuera. Os clientes fizeram a compra dos produtos, por valores abaixo do mercado, mas nunca receberam as mercadorias.
No ano passado, o sócio de Nego Di na empresa, Anderson Boneti, também teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. O rapaz foi preso na Paraíba, em fevereiro, mas solto alguns dias depois.
A Tadizuera operou entre 18 de março e 26 de julho de 2022, até a Justiça exigir que a loja fosse retirada do ar. Nego divulgava os produtos nas redes sociais com preços impressionantes, como uma TV de 65 polegadas, por exemplo, que custava apenas R$ 2,1 mil. No mercado formal, o valor não sai por menos de R$ 3,5 mil.
O inquérito da Polícia Civil apontou que o comércio não com estoque para honrar as vendas e que o famoso prometeu que as entregas seriam feitas, mesmo sabendo que não existiam produtos susficientes. Mesmo assim, ele usou o dinheiro das negociações.
Na sexta-feira anterior (12/7), o comediante foi alvo de uma operação do Ministério Público que cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência dele. Na ocasião, sua esposa, Gabriela Sousa, foi presa depois de agentes encontrar uma arma de fogo, de uso restrito das Forças Armadas, sem registro. A moça pagou fiança de R$ 14 mil para ser libertada.