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Hugo Gross rebate críticas de Betty Faria ao Sindicato dos Artistas

Presidente da entidade conversou com exclusividade com a coluna e apontou algumas contradições da atriz: “Não aparece desde 2003”, disse ele

atualizado

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Hugo Gross e Betty Faria
1 de 1 Hugo Gross e Betty Faria - Foto: null

O presidente do Sindicato dos Artistas do Rio de Janeiro, Hugo Gross, rebateu as críticas feitas por Betty Faria à respeito da entidade, criada para defender os interesses da classe artística. Em recente entrevista, a veterana atriz deu a sua opinião sobre influenciadores estarem atuando em novelas e filmes, e disse que o sindicato ficou muito fraco e não fez as exigências devidas a respeito do DRT.

“O nosso sindicato ficou muito fraco, esses últimos anos nosso sindicato dos atores ficou fraco, não fez exigências devidas, fraqueza do sindicato dos atores que deveria ter feito mais exigências do registro de atriz”, disse Betty Faria ao colunista Marcos Bulques, do Conexão Entrevista.

À coluna Fábia Oliveira, Hugo Gross afirmou concordar parcialmente com a atriz, criticando as gestões anteriores do Sindicato dos Artistas. Segundo o presidente, Betty não aparece na entidade há anos e ainda aproveitou para apontar algumas contradições no discurso da veterana.

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Betty Faria
Hugo Gross é presidente do Sindicato dos Artistas do Rio
Ela tem 83 anos
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“Eu tive o prazer de trabalhar com a Betty Faria na novela A Indomada. Eu concordo parcialmente com o que ela disse. Várias gestões, por muito tempo, deixaram essa exigência de lado. Beleza, eu concordo com isso. Mas esse tema, hoje, está sendo discutido com força plena e total pela atual gestão do sindicato e a gente tem batido muito nessa tecla da exigência do registro profissional, da valorização dos nossos artistas, dos atores, das atrizes, das respeitabilidade da função ator, atriz e técnico também. Respeitando grandes nomes como o da própria Betty Faria, Fernanda Montenegro, Carlos Vereza, Luiz Carlos Arutin… são as células mais importantes de uma produção e a gente tem uma equipe, desde o dia em que entramos, trabalhando muito pra combater essa prática”, disse ele.

Gross continuou: “Na entrevista, ela é contraditória. Porque ao mesmo tempo que ela fala que o sindicato não cobrou o suficiente nas gestões passadas, ela diz que tem influencers com talento e que ela não pode ser radical. Então ela está sendo contraditória”, disparou ele. “A Betty não aparece no sindicato desde 2003”, completou.

O presidente do Sindicato dos Artistas ainda rebateu uma fala de Betty Faria à respeito de Grazi Massafera. Na ocasião, a atriz disse: “Acontece que o tempo vai filtrar quem tem a vocação, quem vai estudar porque nós temos alguns exemplos de pessoas que foram big brother, a Grazi Massafera que é uma atriz, uma pessoa de muito talento, ela foi, teve chance, muito bonita, tem sensibilidade”.

“Mas ela [Grazi Massafera] foi duramente criticada pela categoria. Duramente. Extremamente simpática, mas talento zero. E depois ela tomou corpo, ela entendeu, ela estudou, ela se dedicou…”, pontuou Hugo Gross. “O que sindicato vem fazendo é que se cumpra a lei. A gente não está aqui proibindo ninguém de trabalhar”, acrescentou.

Ainda no bate-papo com a coluna, o ator criticou a postura de Betty Faria ao ser questionada sobre a volta da novela Água Viva (1980) no Globoplay. O presidente do sindicato bateu na tecla dos direitos autorais. Recentemente, Mateus Solano cobrou pagamento do grupo Globo pela reprise da de Viver a Vida, que foi ao ar em 2009.

“Em um determinado momento, foi perguntado pra ela sobre Água Viva, não é? E ela em nenhum momento pensou em abraçar essa causa que vem tirando o sono de muitos artistas, que é o direito autoral. Independentemente se ela é rica, independentemente se ela precisa, vários precisam pra sobrevivência. É onde os artistas fazem com que as grandes emissoras ganhem muito dinheiro, é no direito autoral. É poder dividir isso que todos os atores e atrizes têm direito”, destacou Gross.

Ele encerrou: “O que nós sempre vamos defender é que a nossa profissão não é menor que as outras profissões, ela não é menor que um médico, que um advogado… elas são iguais, elas têm a mesma igualdade. Essa é a bandeira do Sated, de lutar pelo direito, pela respeitabilidade do artista. E é isso que a gente vem fazendo sempre. É pelo registro profissional, pelo direito autoral, pela igualdade dos atores, das atrizes, dos artistas do nosso Rio de Janeiro”.

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