Gusttavo Lima tem prisão preventiva decretada pela Justiça
O cantor está sendo investigado pela Operação Integration, a mesma que prendeu Deolane Bezerra por suspeita de lavagem de dinheiro
atualizado
Compartilhar notícia
Nesta segunda-feira (23/9), a Justiça de Pernambuco decretou a prisão preventiva de Gusttavo Lima. A decisão foi dada pela juíza Andréa Calado da Cruz no último domingo (22/9). A coluna Fábia Oliveira apurou a informação e teve acesso ao mandado assinado pela magistrada. As informações são da Folha de S. Paulo.
O cantor está sendo investigado pela Operação Integration, a mesma que prendeu Deolane Bezerra por lavagem de dinheiro por práticas de jogos de azar. Gusttavo terá o passaporte e o certificado de registro de arma de fogo bloqueados.
A suspeita é de que o sertanejo tenha envolvimentos com as bests, como a Esportes da Sorte. No inquérito da Polícia Civil de Pernambuco, que a coluna Fábia Oliveira teve acesso, os agentes revelaram que, por meio da empresa, o grupo investigado passou a lavar dinheiro com a Balada Eventos, ZRO Pagamentos e Pagfast, ligadas ao marido de Andressa Surita.
Além de Gusttavo, o empresário Boris Maciel também teve a prisão preventiva decretada.
Recebimento de R$ 8 milhões
Entre os dias 14/03/2023 e 05/12/2023, a Esportes da Sorte repassou a quantia de R$ 8.189.600 para a Balada Eventos, em 26 lançamentos. No mesmo período, a Esportes da Sorte recebeu R$ 7.222.000 da ZRO Pagamentos e R$ 20.708.050,03 da Pagfast.
A empresa Balada e Eventos Produções tem como um dos sócios a N & R Empreendimentos e Participações Ltda, detentora de 98% do capital social. A N & R tem como um doa administradores Nivaldo Batista Lima, nome de batismo do cantor Gusttavo Lima.
Vale lembrar que a Balada Eventos teve o bloqueio de R$ 20 milhões decretado pela Justiça por conta dessa ação. Além disso, a venda de um avião da companhia do sertanejo para outra instituição investigada também consta no inquérito.
No começo do mês, Gusttavo Lima chegou a se pronunciar sobre a situação envolvendo a aeronave:
“Injustiça. Em 2023, a Balada Eventos efetuou a venda de uma aeronave para uma das empresas investigadas. Foi pago um valor a título de sinal em decorrência desse contrato. Essa aeronave seguiu para uma inspeção pré-compra, onde, diante do laudo que foi emitido, essa pretensa compradora desistiu da compra. Foi feito um destrato do contrato entabulado e a Balada Eventos devolveu o valor recebido a título de sinal. Posteriormente, a Balada Eventos vendeu essa aeronave para a JMJ. Em 2023, o contrato foi devidamente cumprido pela empresa JMJ e a Balada Eventos emitiu o recibo de transferência dessa aeronave”, disse ele.
Ele continuou: “Nós entendemos que a Balada Eventos foi inserida no âmbito dessa operação simplesmente por ter se transicionado comercialmente com essas empresas investigadas. Houve um excesso, sim, por parte da autoridade. Poderia ter sido emitida uma intimação para que a Balada Eventos prestasse conta desses valores recebidos dessas empresas. Inserir a Balada Eventos como sendo uma integrante de uma suposta organização criminosa e lavagem de dinheiro? Aí é loucura! Esses fatos são a mais absoluta verdade e serão levados ao conhecimento do juízo”.
E encerrou: “Se a Justiça existir nesse país, ela será feita… São 25 anos dedicados à música, todos vocês sabem da minha luta para chegar até aqui. Abuso de poder e fake news eu não vou permitir… Sou honesto”, declarou Gusttavo Lima.