Gusttavo Lima adquiriu participação de 25% na Vai de Bet
O cantor sertanejo teve a prisão preventiva decretada pela Justiça por suspeita de lavagem de dinheiro por práticas de jogos de azar
atualizado
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A juíza Andréa Calado da Cruz, da Justiça de Pernambuco, decretou a prisão preventiva de Gusttavo Lima por suspeita de lavagem de dinheiro por práticas de jogos de azar. Na decisão obtida pela coluna Fábia Oliveira, a magistrada destaca uma participação de 25% adquirida pelo cantor na empresa Vai de Bet no dia 1º de julho deste ano.
A Vai de Bet é uma das investigadas na operação. José André da Rocha é proprietário da empresa e esteve na Grécia ao lado do cantor recentemente. Ele é foragido da Justiça.
“Cumpre destacar que a relação entre Nivaldo Batista Lima e os foragidos (Rayssa Ferreira Santana Rocha, Thiago Lima Rocha, José André da Rocha Neto, Aislla Sabrina Truta Henriques Rocha) deve ser encarada com extrema cautela, uma vez que, em tese, apresenta características espúrias e duvidosas. No dia 1º de julho de 2024, Nivaldo Batista Lima [Gusttavo Lima] adquiriu uma participação de 25% na empresa Vai de Bet, o que acentua ainda mais a natureza questionável de suas interações financeiras. Essa associação levanta sérias dúvidas sobre a integridade das transações e a legitimidade dos vínculos estabelecidos”, diz um trecho do documento.
A juíza ainda pontuou que Gusttavo Lima teria ajudado os foragidos, o que demonstra uma ” alarmante falta de consideração pela Justiça”.
“É imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima, ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado”.
A juíza também explicou como o sertanejo ajudou os foragidos: “No dia 7 de setembro de 2024, o avião de matrícula PS-GSG retornou ao Brasil, após fazer escalas em Kavala, Atenas e Ilhas Canárias, pousando na manhã do dia 8 de setembro no Aeroporto Internacional de Santa Genoveva, em Goiânia. Curiosamente, José André e Aislla não estavam a bordo, o que indica de maneira contundente que optaram por permanecer na Europa para evitar a Justiça. Na ida, a aeronave transportou NIVALDO BATISTA LIMA e o casal de investigados, seguindo o trajeto Goiânia – Atenas – Kavala”.
E completou: “No retorno, o percurso foi Kavala – Atenas – Ilhas Canárias – Goiânia, o que sugere que José André e Aislla possam ter desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, na Espanha. Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa, evidenciando que a conivência de Nivaldo Batista Lima com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade”.