Gkay mira na diversidade e acerta no racismo
A influenciadora anunciou que até 2026 a Farofa da Gkay terá 50% dos seus convidados compostos por negros e virou assunto na internet
atualizado
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Querendo lacrar e parecer engajada com o assunto diversidade, Gkay mostrou que além de não saber falar ou lidar com racismo, usa a causa para lucrar. Mesmo que seja às custas de esvaziar um assunto tão sério.
A influenciadora quis trazer publicidade para si anunciando que até 2026 a Farofa da Gkay terá 50% dos seus convidados compostos por negros e acabou se tornando um dos assuntos mais comentados do Twitter. Com isso, mostrou sua total ignorância ao não anunciar medidas realmente eficazes, que façam a diferença e que tragam visibilidade e mudanças estruturais para comunidade negra.
Primeiro: para falar de negros, você precisa estudar profundamente sobre o assunto. Percebe-se que Gessica não se interessou em se aprofundar no tema. Ao contrário! Trouxe um curador que vive visivelmente longe da realidade brasileira. Antônio Isuperio, o curador, se autointitula um militante, quando na verdade o ideal seria ter um estudioso da área e que vivesse o dia a dia da realidade do Brasil. Mas, assim como tudo seu, Gkay optou pelo rótulo “internacional”, já que Isuperio mora em Nova York.
Se Gkay tivesse estudado um pouquinho, saberia que racismo é universal, mas que as realidades são diferentes. O racismo no Brasil não é igual ao dos Estados Unidos ou da Europa. E não saber disso já mostra como a influencer tem atitudes racistas. Ela demonstra achar que é tudo igual.
Além disso, a realidade do Brasil são de pessoas negras de pele escura, além de existir um colorismo. É sabido por quem é estudioso da área que, quanto mais clara sua pele, menos racismo se sofre. Podemos dizer que Gessica optou por entrar na causa de forma mais “Nutella”.
Vale lembrar à Gkay que diversidade não são só negros. Existe uma gama de outras pessoas, como cadeirantes, japoneses, gordos, mulçumanos, transgêneros, entre outros que também precisam de representatividade. Mas a lacração e a falta de aprofundamento no assunto, impediram a benfeitora de Taubaté de saber disso.
Que atitudes sérias a influenciadora realmente vai implantar no evento para provar que faz sentido todo esse alarde? Tudo que mostrou até agora, dizendo quer até 2026 os 50% dos convidados serão negros, na real, foi como a tabuada do zero, ou seja, zero vezes um milhão é igual a zero. Um número volumoso, mas que multiplicado por zero, não significa nada.
Essa colunista arrisca dizer que esse anúncio foi para agradar e poder garfar alguns anunciantes que têm entrado em eventos que levantam a bandeira da diversidade de forma séria, não como Gkay fez.
A conclusão que se pode chegar é que mais uma vez, na ânsia de aparecer, Gessica Kayane está fazendo um desserviço. Diversidade não é só você ter 50% de uma coisa e os outros 50% de outro coisa. Diversidade é ter um pouco de tudo que juntos formam um todo. O arco-íris não é feito 50% só de uma cor. Por isso ele é completo, diverso e perfeito.