Gil do Vigor repudia “cura gay” e desabafa: “Não é uma escolha!”
Ex-BBB deu detalhes sobre seu período de depressão e revelou atitudes que tomou quando era missionário, como fazer jejum de 24 horas
atualizado
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Recentemente, um influenciador virou assunto na internet após afirmar que entrou para um religião e, com isso, deixou de ser homossexual. Indignado com as falas do rapaz, sem identificá-lo, Gil do Vigor resolveu usar suas redes sociais para falar sobre o caso, nesta sexta-feira (7/4). O ex-BBB deu detalhes sobre um período em que esteve deprimido, falou sobre atitudes que teve quando era missionário e bateu um papo com os jovens que o seguem no Instagram.
“Então, gente, vamos lá. Tem um menino que ele é meme na internet e, recentemente, ele voltou lá, aceitou Jesus, foi pra igreja e tudo mais. E ele deu algumas declarações que, pra mim, são muito sérias e muito polêmicas. Eu vim aqui falar porque, de fato, me afetou muito. Porque é uma área que me toca”, começou ele.
Logo depois, Gil começou a pontuar os problemas da fala do rapaz: “Primeiramente, vocês sabem que eu tenho uma história, sou membro da igreja, fui missionário, fiz muitas coisas. Só que ele fala que ele é ex-gay, que não sente mais atração por pessoas do mesmo sexo e que ser membro da comunidade é uma escolha. Sendo que não é”, disparou ele, antes de completar:
“Você não escolhe o que você sente, certo? Os seus desejos, seus impulsos, eles são algo que faz parte do seu ser, da sua constituição, do seu corpo, da sua biologia. Eu, por exemplo, já fui missionário da igreja, já preguei, já orei, já implorei a Deus, já fiz jejum. Gente, eu já cheguei a ficar fazendo jejum durante uma semana: eu almoçava e entrava em jejum, 24 horas sem comer e sem beber água, pedindo pra Deus me libertar porque eu não queria sentir o que eu sentia”, recordou Gil.
O ex-BBB lembrou, ainda, de outras atitudes que tomou: “Eu já cheguei a parar no meio da rua, dobrar meu joelho e pedir: ‘Deus me liberta’. Eu passei dois anos como missionário. Eu fiz tudo o que eu fiz, obviamente, pra servir a Deus, que eu que eu amo ainda, sempre amei, sempre servi, mas também para que ele me libertasse. Porque eu acreditava que precisava daquilo ali”, desabafou.
Gil afirmou, ainda, que já viu amigos falarem sobre “deixar de ser gay” e que isso o entristece: “Eu tenho alguns amigos que falavam: ‘eu era gay, não sou mais, o sentimento acabou’. E eu ficava me perguntando: ‘Por que meus amigos conseguem se libertar, conseguem não ter mais os desejos, conseguem não sentir mais atração por pessoas do mesmo sexo e eu não consigo?’. Isso me gerava frustração, sentimentos deprimidos”, analisou.
Em seguida, o economista falou que, às vezes, queria morrer: “Eu peguei um avião uma vez e queria que caísse, minha gente. Porque eu ficava pensando: ‘por que é só comigo, eu não consigo? Por que eu não posso?’. Só que, depois, estavam meus amigo lá, pegando os machos, agarrando os machos e tudo bem. Por quê? Porque não existe ex, os seus sentimentos, quem você é”, declarou.
E continuou com seu desabafo: “Tudo bem. Você pode falar assim: ‘Eu não quero me relacionar com homens’. Mas isso não muda quem você é. Uma escolha é assim: você ficar com outras pessoas, se relacionar com outras outras pessoas, sim, isso é uma escolha. Até porque ninguém vai botar uma arma na sua cabeça e mandar você beijar alguém. Mas o que você sente, as suas atrações, os seus impulsos, não são controlados, eles fazem parte de quem você é. E isso é muito importante a gente entender”.
Na sequência, Gil falou dos jovens que são afetados por esse tipo de declaração: “A gente não pode passar uma mensagem pra tantos jovens gays, adultos, pessoas da comunidade que têm receio, vergonha de ser quem são e que olham pra uma pessoa dessa e fala assim: ‘Caramba, eu não sinto mais’. Essas pessoas vão acreditar, vão buscar meios, não vão conseguir e isso vai gerar uma frustração. E a gente vai estar afetando a vida de tantas pessoas”, apontou.
Gil ainda repudiou as falas sobre “cura”: “Gente, não existe libertação, não existe cura. Você é quem você é, você precisa aceitar isso. Deus não vai te amar nem menos nem mais. Obviamente, a única escolha que a gente pode fazer é: eu vou escolher se vou querer fazer o ‘tchaqui tchaqui’ com alguém ou não, se vou querer viver isso ou não. Isso, de fato, é uma escolha sua. Mas quem você é, a vida que você tem e os sentimentos que você tem, são”, disparou.
No fim, ele rebateu, mais uma vez, as falas sobre deixar de sentir atração por pessoas do mesmo sexo: “Não existe uma chavezinha: hoje eu sinto atração, amanhã não sinto atração. Isso não existe, isso não é real, isso também não é brincadeira. A gente não pode sair brincando, ainda mais no país em que a gente vive, ainda mais com o o convívio que a gente tem e quão sério é isso. Eu precisava desabafar, precisava falar isso porque a gente não pode ficar calado”, concluiu.
Nos comentários, os fãs e seguidores de Gil o encheram de mensagens de apoio: “Que bom você hablando desse tema! Que bom ! A gente sabe da importância de falar sobre ❤️”, escreveu um. “Eu tava esperando isso de você e veio! Amei! Você é referência e isso ajuda muita gente, mas muita mesmo 👏👏👏👏”, comentou outra. “Não existe cura para o que não é doença. Simples assim!”, confirmou uma terceira.
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